Mariana: sessão da CPI do SAAE é criticada por vereador: "Não foi feito nada nessa oitiva"

Na última quinta-feira (02), vereador Manoel Douglas (PV), conhecido como Preto, criticou a segunda sessão da CPI do SAAE de Mariana. O parlamentar se mostrou contrariado com o regimento da Câmara que não permite que ele, como autor da Comissão, participe das oitivas fazendo perguntas à testemunha.

O ouvido em questão foi Ronaldo Camelo, ex diretor executivo do SAAE, que é funcionário de carreira da instituição, com mais de 10 anos de servços prestados. Por fim, vale destacar Sônia Azzi (DEM) preside a comissão e a mesa diretora é composta também por Edraldo (AVANTE) e Admar (CIDADANIA).

A CRÍTICA DE PRETO DO CABANAS À CPI

O início das reclamações de Preto se deu quando o assessor jurídico Bernardo Pessoa apresentou o artifgo 45 do regimento da Câmara, que dispõe que os vereadores que assinaram o pedido de comissão não podem participar das sessões fazendo perguntas. Logo após isso, Preto fez uma longa fala dizendo que iria buscar orientação para entender como poderia ajudar na CPI.

Porém, o clima esquentou mesmo quando, após alguns questionamentos da mesa diretora, a presidente Sônia começou a dar os encaminhamentos do final da Sessão. Nesse ínterim, Preto então disparou:

“Já encerrou? Eu acho que primeiro que a gente tem que esclarecer, né? Primeiro que não foi falado nada sobre abastecimento, não houve nenhuma perguntaclara dos fatos que a gente tem conhecimento. Eu entendo a questão do artigo 45, não vou debater isso hoje, porque trabalho na legalidade (…) Eu tenho doxumentos que quero que sejam anexados à essa CPI. Mas no meu entendimento não foi feito nada nessa oitiva de hoje. Não foram feitas as perguntas que deveriam ser feitas. Vou consultar meu jurídico, pois gostatia que os trabalhos fossem conduzidos de uma forma diferente”.

Ao todo, o período de perguntas da oitiva durou, desde o início até o último questionamento, 9 minutos.

JUSTIFICATIVA DE AZZI

Para contrapor o posicionamento de Preto, Sônia Azzi justificou dizendo que essa era só a primeira oitiva com testemunhas, e que as outras terão mais tempo de duração, com perguntas mais aprofundadas. Aliás, ela ainda se colocou à disposição de receber as perguntas de Preto e conduzir as reuniões de outra maneira, se o jurídico assim proferir.

ENTENDA A CPI DO SAAE DE MARIANA

Conforme já descrito pelo Galilé, CPI requer auditoria das obras executadas pela empresa Forzan Locações e Serviços Eirelli. Denúncias evidenciadas na Câmara apontaram para pagamentos de serviços não realizados pela Forzan e dano ao erário pelo abastecimento de veículos não autorizados com recursos do SAAE Mariana.

Como o regimento interno da Câmara de Mariana ainda não prevê um rito específico para o prosseguimento dos trabalhos, a CPI será realizada com o rito previsto no Congresso Nacional. Dessa forma, comissão terá 120 dias para elaborar pelo menos um relatório preliminar e, para haver objetividade na condução do inquérito, os vereadores nomeados e a assessoria jurídica da Casa Legislativa trabalha para saber quais serão os fatos e as provas que irão buscar.

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