Pobreza menstrual: vereadora propõe lei de distribuição de absorventes gratuitos em Ouro Preto

Lilian França propõe lei sobre pobreza menstrual em Ouro Preto

Durante a entrevista para o programa Manhã Real, da Real Fm, nesta terça-feira (07), Lilian França (PDT), afirmou que as pessoas que menstruam em Ouro Preto, e estão em situação de vulnerabilidade social, terão acesso a absorventes gratuitos. Em primeira mão, Lilian, única mulher a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal, anunciou que fará a proposta da lei na próxima semana.

“É um investimento na saúde feminina, na dignidade da mulher. Estou em diálogo a muitos meses com parcerias para custeio do projeto. Existem famílias com grande número de pessoas que não tem condições de comprar o absorvente. Isso é uma questão de saúde pública feminina” declarou a vereadora.

Inicialmente, se aprovada a lei, os absorventes serão distribuídos por ação social para as pessoas que menstruam e estão em vulnerabilidade econômica.

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“Ciclo Seguro” em Mariana

A Prefeitura de Mariana, sancionou, em setembro de 2021, por meio das secretarias de Desenvolvimento Social e Cidadania e Educação instituiu o programa social Ciclo Seguro. Desse modo, o programa visa a distribuição do absorventes gratuitos a pessoas que menstruam e tem fragilidade econômica e social.

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Pobreza menstrual no Brasil e no mundo

De acordo com a UNICEF, a pobreza menstrual é caracterizada pela falta de acesso a recursos, infraestrutura e até conhecimento por parte de pessoas que menstruam para cuidados com a menstruação. Ela afeta brasileiras que vivem em condições de pobreza e situação de vulnerabilidade. Seja em contextos urbanos ou rurais. Dessa forma, em maioria, por vezes sem acesso a serviços de saneamento básico, recursos para higiene e conhecimento mínimo do corpo.

No Brasil, a UNICEF estima que 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu domicílio e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas. Além de privação de chuveiros em suas residências, 4 milhões de meninas sofrem com pelo menos uma privação de higiene nas escolas.

Segundo a ONU, falta apoio a pelo menos 500 milhões de meninas e mulheres para que tenham períodos higiênicos e seguros. Geralmente por não poderem comprar absorventes.

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