Duda Salabert levará questão da Saneouro em Ouro Preto para Ministério dos Direitos Humanos

Nesta terça-feira (07), a deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) afirmou que levará a questão da Saneouro em Ouro Preto para o Ministério dos Direitos Humanos. Em uma declaração à Radio Real FM, a deputada disse que pretende buscar a investigação do executivo federal na cidade histórica, dado os relatos que ouviu em sua visita ao município.

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A empresa Saneouro tem enfrentado críticas e denúncias de irregularidades em relação ao fornecimento de água e tratamento de esgoto em Ouro Preto. Nos últimos meses, a população da cidade se organiza em manifestações frequentes contra a concessão. Os protestos se intensificaram após o início das cobranças de tarifas, em outubro do ano passado.

PARA DUDA SALABERT, SANEOURO ATACA OS DIREITOS HUMANOS EM OURO PRETO

Em entrevista à Rádio Real FM, a parlamentar se mostrou consternada com os relatos que ouviu sobre a Saneouro na cidade. De acordo com Duda, pessoas chegaram até a ela reclamando dos altos preços das tarifas, além da falta de qualidade da água. Por isso, ela acredita que o que está ocorrendo em Ouro Preto é um ataque aos direitos humanos.

“Eu fiquei assustada com a quantidade de violação de direitos humanos que estão acontecendo aqui na cidade. Vamos levar todos os relatos que ouvimos aqui, as denúncias também, para o ministro Silvio Almeida com quem eu converso na próxima quarta-feira. Houve relatos de famílias pagando R$600 reais na conta de água, além de uma cláusula absurda no contrato numa cidade em que mais de 20% da população está em cima pobreza. Então a gente tem que questionar essa questão e vamos começar na Esfera Federal, mas também estadual e municipal uma forma de garantir os direitos humanos aqui que é o acesso à água.”
Disse à Rádio Real.

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Além disso, Duda ainda observa que a melhor forma de enfrentar esse problema em Ouro Preto é fazendo uma investigação da real situação da empresa no município, ouvindo o poder executivo e trazendo as possibilidades para auxiliar na garantia dos direitos humanos.

“A saída é entender que a água não é mercadoria. A água é um direito fundamental para a existência. Nesse sentido nós não podemos mercantilizar a vida. Então vamos conversar com o prefeito para entender qual a composição do executivo. Mas é o primeiro passo é fiscalizar, é além de discutir se vai ter Saneouro ou não se vai, discutir qual contrato vai ser adotado, se vai municipalizar ou não o serviço de saneamento básico. Antes disso é fiscalizar as violações de Direitos Humanos que estão acontecendo e se perpetuam na cidade.”
Revelou à Real.

Ainda sobre a Saneouro, a deputada fez questão de ressaltar que as mulheres são as mais atingidas pelas tarifas cobradas pela concessionária. Para ela, o debate ainda precisa ser racializado, afinal “as mulheres negras são as que mais sofrem o impacto de uma tarifa de r$ 600”.

Duda Salabert, que também é professora e ativista LGBTQIA+ e dos direitos humanos, tem sido uma voz ativa na luta pela garantia dos direitos básicos da população. Em 2022 ela se tornou a primeira deputada trans da história de Minas Gerais.

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