Revisão do Plano Diretor de Ouro Preto terá as últimas 4 oficinas participativas em novembro

A Câmara Municipal de Ouro Preto realizou uma Reunião Especial nesta data para debater a revisão do Plano Diretor da cidade. A plenária foi presidida pelo vereador Wanderley Kuruzu (PT) e contou com a presença de diversas autoridades e representantes da comunidade.

Entre os participantes estavam a Federação das Associações de Moradores de Ouro Preto (FAMOP), a Fundação Gorceix, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura de Ouro Preto, e os vereadores Renato Zoroastro (MDB), Matheus Pacheco (PV), Lilian França (PDT), Luciano Barbosa (MDB) e Júlio Gori (PSC).

Revisão do Plano Diretor de Ouro Preto terá as últimas 4 oficinas participativas em novembro — Foto: Igor Varejano

Durante a reunião, os vereadores enfatizaram a importância da participação popular e da divulgação adequada das informações relacionadas à revisão do Plano Diretor. Eles elogiaram a estrutura das oficinas participativas e o resultado dessas reuniões até o momento.

AS ÚLTIMAS OFICINAS PARTICIPATIVAS DO PLANO DIRETOR DE OURO PRETO

A coordenadora da equipe da Fundação Gorceix, Ana Schmidt, anunciou que as próximas quatro oficinas participativas estão programadas para o mês de novembro. Cada oficina abordará um dos quatro eixos temáticos: Juventude, Moradia, Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico.

A primeira reunião será dia 13, sobre moradia, no dia 17 sobre juventude, no dia 22 Desenvolvimento Econômico e 28 Meio Ambiente.

Ana Schmidt ressaltou a importância do envolvimento da população nesse processo, afirmando que as propostas resultantes das oficinas, juntamente com a visão da população e a análise técnica, contribuirão para a construção de alterações nas leis existentes e na reformulação do Plano Diretor, que se encontra desatualizado.

“Os vereadores estarão, também, alinhados com o pensamento da sociedade como um todo. Portanto, é essencial que esse processo flua de forma harmoniosa. Claro que estamos cientes de que podem existir interesses e complementações, mas isso faz parte do processo. Cada poder possui sua autonomia, no entanto, ao envolver todos esses atores, podemos alcançar um pensamento mais harmonioso e, possivelmente, mais representativo da sociedade.”
revelou Ana ao Galilé.

VEREADORES DESTACAM O PROJETO

O vereador Matheus Pacheco destacou a relevância da revisão do Plano Diretor para o desenvolvimento da cidade, mencionando áreas como mobilidade urbana, saúde, segurança pública, transporte, educação, saneamento básico e moradia, bem como as necessidades da juventude.

“Foi um momento importante para nós, pois significa que os trabalhos continuam agora não mais de forma regional, mas sim de forma temática. Teremos encontros com a juventude, abordando temas como moradia, e outros encontros. É muito importante que possamos participar também dessa etapa e promover, de forma concreta, uma ampla discussão, para que políticas públicas sejam concretizadas por meio do Plano Diretor.”
Disse Matheus ao Galilé.

O vereador Wanderley Kuruzu salientou a necessidade de engajar a população e ressaltou que, embora Ouro Preto tenha produzido vários planos urbanísticos ao longo dos anos, o crescimento desordenado da cidade persiste. Ele enfatizou a importância de evitar erros do passado, nos quais projetos eram elaborados sem a participação do povo, e as leis frequentemente acabavam esquecidas.

“A cidade continuou e continua crescendo de forma desordenada, com as pessoas ainda sendo obrigadas a residir em áreas de risco. Por que isso persiste, apesar de tantos estudos, planos, leis e projetos? Isso prejudica a todos, não apenas as famílias de baixa renda que se estabelecem nas encostas, mas também os mais abastados da cidade. Por exemplo, todo final de ano, todos nós ficamos apreensivos com o risco de deslizamentos e mortes, como já ocorreram diversas vezes em Ouro Preto. Então, o que podemos fazer para não repetir os erros do passado?”
indagou o parlamentar.

Flávio Andrade, ex-vereador e membro da Fundação Gorceix, explicou que o Plano Diretor é uma lei municipal que orienta o desenvolvimento da cidade nos próximos 10 anos. Ele enfatizou a necessidade de envolver os vereadores e a comunidade na construção desse plano, que afetará todos os aspectos da vida urbana, incluindo desenvolvimento econômico, moradia e meio ambiente.

Para Flávio, a revisão do Plano Diretor de Ouro Preto é um processo essencial para direcionar o crescimento e o desenvolvimento da cidade de forma sustentável, e a participação ativa da comunidade é fundamental para garantir que as necessidades e preocupações de todos sejam consideradas. A

“Já tivemos algumas reuniões anteriormente, e hoje realizamos uma reunião especial sugerida por alguns vereadores, incluindo o vereador Kuruzu de Ouro Preto. Portanto, é fundamental que isso ocorra para que possamos mais uma vez construir juntos o Plano Diretor e as outras seis leis que serão resultantes desse processo.”
finalizou Flávio.

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