O Natal de Ouro Preto atraiu mais de 40 mil pessoas e deixou um resultado econômico positivo de R$ 8,8 milhões para a cidade, gerado nos 30 dias em que a cidade histórica e patrimônio mundial recebeu a iluminação especial, entre 8 de dezembro de 2023 e 6 de janeiro deste ano.
Com mais de um milhão de pontos de luz acesos e a maior árvore de Natal das cidades históricas mineiras, a cidade teve uma programação que envolveu a comunidade local e turistas para conferir uma paisagem diferente da cidade histórica. A agenda incluiu cortejos, apresentações teatrais e culturais, manifestações religiosas tradicionais, Encontro de Folias de Reis e de Corais, reabertura da Casa da Ópera depois de meses de reforma e uma pitada do carnaval, com apresentações do bloco Zé Pereira dos Lacaios, o mais antigo em atividade no Brasil. As projeções mapeadas na Igreja de São Francisco de Assis e na Casa da Ópera geraram imagens que figuraram nas galerias de fotos do Natal, em todo o mundo.
Segundo o coordenador geral do Natal de Ouro Preto – Luz e História, Gilson Antunes, o evento foi criado com a proposta de, além de gerar uma oportunidade de lazer para a população, atrair turistas para o mês de dezembro. “Antes, a cidade recebia poucos visitantes nesse período. Com a programação especial, alcançamos os corações da nossa comunidade e também dos turistas que vieram para as ruas para conferir de perto a emoção e a alegria do Natal, o que rendeu ganhos para hotéis, restaurantes e bares, comerciantes e artesãos, entre outros”, explica.
O Natal de Ouro Preto é uma realização da Prefeitura de Ouro Preto e Governo de Minas Gerais, com patrocínio da Cemig, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (2018.13607.0617) e produção da Holofote Cultural.
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Pesquisa sobre o Natal de Ouro Preto
A Holofote Cultural, empresa promotora do evento, fez uma pesquisa junto ao público que acompanhou a programação do Natal de Ouro Preto – Luz e História, com a participação de 141 voluntários. 51,1% são de Ouro Preto, 11,3% de Belo Horizonte e 5% de Mariana. Houve, ainda, a presença de turistas de diversas partes do país, além de 2,1% de estrangeiros nos cortejos, projeções e demais eventos, provenientes do Japão, México e Equador.
Com maioria de mulheres (62,4%), o evento também atraiu um público qualificado. Segundo a pesquisa, 59% dos entrevistados têm pelo menos o ensino superior completo. Outro fator importante foi a média de gastos na cidade, durante os dias da programação. Os turistas registraram média de R$ 294,75/dia e os ouro-pretanos gastaram cerca de R$ 125,43/dia, para conferirem a programação do Natal de Ouro Preto, o que representa que os turistas tiram gasto média mais do que o dobro do que dos moradores, indicando um impacto econômico mais expressivo dos turistas na cidade.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Ouro Preto, Felipe Guerra, a injeção de recursos na economia local, durante o Natal de Ouro Preto, tem seu alcance multiplicado para oportunidades futuras. “As imagens geradas pelo evento correram o mundo, o que mostra a beleza e o potencial de Ouro Preto para uma visita. Quem não veio desta vez, com certeza vai se programar para vir no futuro. A diversidade de atrativos e a participação expressiva de público, tanto local como os turistas, indicam que o Natal de Ouro Preto não apenas cumpriu seu propósito cultural, mas também desempenhou um papel vital na promoção do turismo e no estímulo à economia da região”, conclui.
Fundado em 1990 por Francelina e Arnaldo Drummond do antigo Instituto de Arte e Cultura da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), o jornal nascia em meio a uma onda democrática, que inspirava os brasileiros naquele momento. Tendo como objetivo levar informação aos cidadãos ouro-pretanos, o Galilé se diferenciava dos demais concorrentes por ser um jornal de opinião, oferecendo um pensamento crítico acerca da realidade ouro-pretana e brasileira.