Um documento oficial emitido pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) contesta as alegações de um possível curto-circuito na Praça Tiradentes, em Ouro Preto, oferecendo uma justificativa robusta para o cancelamento de shows na região.
Datado de 24 de novembro de 2023, o ofício, respondendo ao Ofício 002593/2023 encaminhado em 1º de novembro do mesmo ano, esclarece que não houve registros de curtos-circuitos ou incêndios na referida praça nos últimos cinco anos. A resposta é assinada por André Sebastião Barbosa Gonçalves, Agente de Relacionamento com Clientes da Cemig.
No documento, a Cemig afirma que suas equipes realizam inspeções visuais e termográficas anualmente na Praça Tiradentes, visando identificar potenciais pontos com aquecimento na rede elétrica. Essas verificações, conforme a empresa, não apontaram qualquer indício de curto-circuito ou incêndio no local nos últimos cinco anos.
VAI TER CARNAVAL NA PRAÇA TIRADENTES?
A revelação do documento surge como uma resposta à justificativa para o cancelamento de shows na Praça Tiradentes, alegadamente devido a preocupações com a segurança elétrica na região. A Cemig ressalta que, com base em suas inspeções regulares, não há embasamento técnico para tal decisão.
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Nos últimos dias, a tensão entre a prefeitura e a Justiça Federal tem crescido, especialmente à medida que o Carnaval se aproxima. A Praça Tiradentes, um ponto central para eventos na cidade, está no centro do embate. A ausência de uma decisão definitiva sobre o uso da praça tem gerado incertezas e preocupações, não apenas para os organizadores de eventos, mas também para a população local.
Hoje, 05 de fevereiro, uma audiência de conciliação está marcada para discutir a liberação da Praça Tiradentes. O resultado desse encontro pode influenciar diretamente o planejamento do Carnaval na região e definir o uso futuro da praça para eventos culturais e artísticos.
Logo após a polêmica do cancelamento do Dilsinho, a Prefeitura de Ouro Preto se viu pressionada a entregar os documentos necessários para garatir a segurança do patrimônio nestes grandes shows. Em entrevista à Rádio Real, o secretário de cultura e turismo Flávio Malta, destacou que um documento foi feito para atestar a segurança.
O objetivo é criar um mecanismo em que todos os proponentes de eventos recebam informações consistentes e atualizadas sobre a organização de eventos na Praça. Isso envolve a coordenação entre várias entidades, como a prefeitura e a fiscalização de posturas.
“A secretaria de Defesa Social, a secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, e a secretaria de Cultura e Turismo estão criando agora um mecanismo de eventos. Uma cartilha (…) Por exemplo, eu tenho que saber se a Rua São José vai estar fechada. Se estiver fechada a Rua São José, não tem como fazer um evento na praça, eu vou travar toda a cidade, não é só a Praça Tiradentes (…) Então, é uma rede muito grande de pessoas que, às vezes, recebem um ofício a cada vez do mesmo evento. Agora nós vamos concentrar em algo mais sistemático, onde todo mundo vai receber a mesma informação no mesmo período de tempo, com todos os dados em conjunto“disse Flávio Malta à Rádio Real.
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Fundado em 1990 por Francelina e Arnaldo Drummond do antigo Instituto de Arte e Cultura da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), o jornal nascia em meio a uma onda democrática, que inspirava os brasileiros naquele momento. Tendo como objetivo levar informação aos cidadãos ouro-pretanos, o Galilé se diferenciava dos demais concorrentes por ser um jornal de opinião, oferecendo um pensamento crítico acerca da realidade ouro-pretana e brasileira.
Não é para fazer evento nenhum que reúna muitas pessoas nessa praça ou em outro lugar de ouro preto. Não era nem para ter carros ali. Estraga toda a cidade, que parece um presépio a céu aberto. Sou de São Paulo, mas conheço bem as cidades históricas, principalmente Ouro Preto. Falta cuidado.
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