Na última Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Ouro Preto, o vereador Naércio Ferreira (Republicanos) sinalizou no plenário que pedirá vista em todos os projetos propostos pela Prefeitura de Ouro Preto até que suas demandas sejam atendidas. Ele, que foi eleito como base do governo Angelo Oswaldo, afirmou que precisa de soluções efetivas para as localidades em que ele é majoritário, sendo elas os distritos de Miguel Burnier e Engenheiro Corrêa, além do subdistrito de Mota.
Naércio surpreendeu ao adotar essa posição pois ele é um parlamentar que foi eleito como sucessor da vice-prefeita Regina Braga, que em todos os seus mandatos como vereadora foi majoritária nessas localidades. Na Reunião, Ferreira ainda disse que ele sente um sufocamento ao cobrar melhorias para sua região.
O pedido de vista trava os projetos na Câmara e estendem o seu período de votação. Os vereadores tem a disposição esse mecanismos para estudar melhor os projetos e entender quais são os pontos problemáticos ou não deles.
Contudo, Naércio fez questão de citar que segue sendo recebido e atendido por Angelo. A sua maior reclamação é em relação a falta de soluções efetivas. Ao Galilé, ele afirmou que sente que algumas situações não estão sendo tratadas de maneira eficaz e que o tempo está passando sem respostas satisfatórias.
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Naercio Ferreira lista alguns exemplos de demandas não atendidas, como a necessidade de 50 metros de calçamento em Miguel Burnier e a reforma do Correio em Mota, para a qual ele conseguiu obter uma contribuição significativa de uma empresa mineradora, mas espera que a prefeitura também assuma sua responsabilidade.
“São distritos dos quais hoje 60% da arrecadação provém, no entanto, estou percebendo uma certa fragilidade no governo em atender demandas que posso categoricamente afirmar como quase irrisórias em termos financeiros, mas que fazem toda a diferença para os munícipes que residem nesses distritos”
disse Naércio ao Galilé.
O vereador também menciona que está se aproximando o período eleitoral (pleito) e que ele apoiou o prefeito Ângelo Osvaldo e a vice Regina Braga em sua campanha anterior. Ele destaca sua admiração pela liderança de Regina Braga e acredita que o prefeito não tem interesse em descartá-la como vice-prefeita, assim como ele espera não ser descartado como vereador.
Ao jornal, Naércio ainda criticou algumas ações da Prefeitura e afirmou que sente que o executivo não dá a devida atenção para algumas questões.
“Eu nunca traí o governo. Sou uma pessoa íntegra e de palavra, não sou imaturo e já tenho uma vasta experiência. No entanto, da forma como o comando está sendo conduzido, não está funcionando bem. O secretário de obras, por exemplo, já está no cargo há quase um ano e até agora não apresentou uma resposta satisfatória para a nossa região. Estou exausto com a situação. Portanto, vou pedir vistas em nome do interesse público das regiões que estão enfrentando dificuldades e aguardamos uma resposta do Poder Executivo, que detém o controle das decisões.”
finalizou o parlamentar.
O QUE DIZ A PREFEITURA DE OURO PRETO
O jornal Galilé entrou em contato com o secretário de Governo Yuri Assunção, que respondeu que o pedido de vista é um direito garantido a todos os vereadores. Além disso, o secretário enfatizou a importância de seguir o rito processual estabelecido no Regimento Interno da Câmara para a tramitação dos projetos de lei e outras proposições legislativas.
A Prefeitura aguarda a votação de um projeto que visa readequar a reforma administrativa. O Galilé publicou há poucos dias uma matéria que destrincha a situação da reforma. Com esse posicionamento de Naércio, é possível que a votação atrase ainda mais.
O jornal também espera uma posição acerca das obras solicitadas por Naércio. Assim que receber a matéria será atualizada.
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Fundado em 1990 por Francelina e Arnaldo Drummond do antigo Instituto de Arte e Cultura da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), o jornal nascia em meio a uma onda democrática, que inspirava os brasileiros naquele momento. Tendo como objetivo levar informação aos cidadãos ouro-pretanos, o Galilé se diferenciava dos demais concorrentes por ser um jornal de opinião, oferecendo um pensamento crítico acerca da realidade ouro-pretana e brasileira.
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