Polêmica na Câmara de Ouro Preto: vereadora alega violência de gênero ao ter representação questionada

Polêmica na Câmara de Ouro Preto: vereadora alega violência de gênero ao ter representação questionada

Na última terça-feira (08), a Câmara Municipal de Ouro Preto foi palco de uma reunião repleta de polêmicas e debates acalorados. A discussão girou em torno de uma representação apresentada pela vereadora Lilian França (PDT), na qual ela solicitou a criação de uma defensoria pública estadual no município.

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O vereador Luciano Barbosa (MDB) esclareceu que já existe um encaminhamento da Assembleia Legislativa pedindo a criação da defensoria pública estadual em Ouro Preto. Ele mencionou: “Nós já tivemos uma audiência pública aqui a respeito. Na reunião, um dos encaminhamentos foi feito, sobre esse pedido da defensoria pública aqui e já foi aprovado na Assembleia. Então, eu entendi o posicionamento do Júlio Gore, porque o pedido já foi feito e aprovado. Eu não tenho dificuldade de aprovar o documento novamente aqui, não tenho problema em votar nesse pedido que a vereadora Lilian fez.” Contudo, ele destacou que não se importaria de votar o projeto de Lilian.

Vantuir Antônio da Silva (PSDB) também se manifestou, sugerindo que a vereadora reconsiderasse sua proposta. Ele destacou: “Sei que a vereadora não sabia das informações que o Luciano iria colocar aqui, mas eu peço à vereadora, para a gente não ficar votando em documento de algo que já está resolvido. Então, peço à vereadora que repense e retire o documento.”

A vereadora Lilian França (PDT), por sua vez, trouxe à tona a questão da violência no plenário da Câmara Municipal de Ouro Preto. Ela mencionou que vem sendo violentada durante as sessões e se referiu aos vereadores presentes como “artistas”. Lilian França argumentou que não tinha conhecimento do encaminhamento na audiência pública e se sentiu ofendida com o pedido de vistas. “Nesta Câmara, tem muito artista bom de fazer cena. Vocês vão me desculpar, mas eu não sabia. Por que a vereadora tinha obrigação de saber? Eu estou sendo acusada aqui dentro do plenário. Eu não sou obrigada a saber tudo o que aconteceu na audiência pública, assim como tem outros colegas aqui que também não sabiam. Agora, porque a vereadora pediu, começaram com acusações levianas e eu estou me sentindo violentada aqui, por questões políticas de gênero.”

O vereador Alessandro Sandrinho (REP), responsável pelo pedido de vistas do projeto da vereadora Lilian França, também expressou sua opinião, enfatizando seu respeito por todas as pessoas, independentemente do gênero. Ele questionou se discordar da proposta seria uma ofensa à vereadora: “A situação aqui está passando do limite. A vereadora sabe que eu respeito muito ela, respeito o trabalho dela, assim como também respeito todas as mulheres, o pobre, o rico, o homem, todos os seres humanos eu respeito, mas a vereadora está se vitimizando.”

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Alessandro Sandrinho confirmou seu pedido de vistas do documento como uma demonstração de diálogo, apesar das acusações. “Presidente, para mostrar que eu não tenho medo e também que eu não me preocupo com isso, eu vou pedir vistas deste documento só para mostrar que a gente não precisa ser assim, temos que ter diálogo. Estou pedindo vista desse documento. Até a próxima reunião.”

O projeto em questão trata da criação de uma ouvidoria estadual, porém, o vereador Alessandro Sandrinho argumentou que essa ouvidoria já está em processo de criação por meio de uma comissão, encaminhada pelo deputado Thiago Cota (PDT). A reunião se encerrou com uma série de pontos de vista contrastantes e discussões sobre o caminho a seguir.

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