A exposição “Já Raiou a Liberdade” foi inaugurada na noite de sexta-feira (2), na Praça Tiradentes, em Ouro Preto. A mostra acontece em um domo, com uma estrutura cenográfica montada no centro da praça, levando uma viagem audiovisual, a partir de Minas Gerais, pelos principais acontecimentos que resultara no Grito do Ipiranga, em 7 de setembro de 1822, e suas consequências para a formação da civilização nacional dos brasileiro até hoje. Além da Cidade Patrimônio, Santa Bárbara, Caeté, Nova Lima e Sabará serão contempladas com a iniciativa.
A elaboração da exposição teve início há quatro anos, passando pelos processos de concepção do projeto, inserção na Lei de Incentivo, procura de patrocinadores. A curadoria foi feita pelo prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo (PV), e o projeto expográfico é assinado pelo designer especialista em exposições, Luis Sardá.
Pensando no caráter educativo da exposição, 15 dias antes da abertura, a Aurum Produção e Eventos, que realiza a “Já Raiou a Liberdade”, entregou um material com conteúdo lúdico para que as crianças desenhassem. As prefeituras das cinco cidades contempladas enviaram os desenhos dos alunos, que também foram inseridas na exposição. Ao final, haverá uma escola de cada cidade vencedora, que irá competir com os demais municípios. A unidade escolar vencedora ganhará um prêmio no valor de R$ 10 mil, escolhido pela escola. “Estamos com muita esperança que essa exposição ande por outras cidades ao longo de 2023, porque foi um processo tão trabalhoso que as cinco cidades ficam pequenas”, disse a sócia-diretora -da Aurum Produção, Edineia Araujo.
Em Ouro Preto, 3 mil alunos já estão agendados para visitar a exposição, que funciona de segunda à sexta, de 8h às 20h, e de 9h às 21h no sábado e domingo. A entrada é gratuita. “Já Raiou a Liberdade” ficará exposta na Praça Tiradentes por 14 dias.
“É uma iniciativa muito importante, porque celebra o bicentenário da Independência com uma viagem da história do Brasil. Desde a chegada dos portugueses e africanos, se encontrando com os povos indígenas brasileiros, até o grito do Ipiranga e de 1822 até os dias de hoje. Nós, rapidamente mergulhamos na história que sinteticamente nos proporciona um conhecimento de tudo aquilo que aconteceu. É um grande mergulho na história do Brasil. Isso não é apenas um atrativo turístico, mas, sobretudo, uma matéria de conhecimento. A exposição é muito bonita, com recursos audiovisuais, que vão atrair o expectador e envolver todos na grande história brasileira. Eu tive uma satisfação muito grande de colaborar e de ver isso exposto, em primeiro lugar, em Ouro Preto, reconhecendo que aqui tem um protagonismo na construção da Independência do Brasil”, comentou Angelo Oswaldo.
O projeto é viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio master do Instituto Cultural Vale, patrocínio da AngloGold Ashanti e Copasa, com apoio do Governo de Minas por meio da Fundação Clóvis Salgado e da APPA – Arte e Cultura, além da Prefeitura de Ouro Preto.
“É preciso repensar a vida cotidiana, política, da Nação, dos nossos preconceitos, pensar o Brasil de uma forma mais contemporânea. Esses dias, eu refleti que sentido tem ter 200 anos. Nós, em Minas Gerais, temos uma bandeira que fala da liberdade com o humildade. O mineiro carrega muito isso, de ser humilde, mas não subvicerviente. Mós precisamos de uma cultura de paz no Brasil, de liberdade no país, de forma ampla, da pessoa humana ser o que ela é. O país precisa ser mais humano. Uma coisa que as pandemias da história humana trazem é um repensar a vida, o que, para mim, significa repensar a pessoa humana, ou seja, nos tornarmos mais humanos”, declarou o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Lêonidas Oliveira.
Segundo o secretário, a escolha por Ouro Preto para iniciar a exposição se deu pela influência que a cidade tem sobre o processo de Independência do Brasil. “Pense que quando a bandeira de Minas Gerais foi pensada pelos inconfidentes, foi pensada para ser a bandeira da República. Os Inconfidentes, antes, pensavam a bandeira verde, de esperança e tudo acontece aqui. O iluminismo nas terras brasileiras é em Ouro Preto, o primeiro patrimônio do Brasil”, disse.
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“Minas para Minas, Minas para o Mundo”
Durante a abertura da exposição, Leônidas também falou sobre um edital de R$ 5 milhões que irá subsidiar 30 prêmios para as associações que tenham o turismo em seu estatuto de forma regular perante os governos.
“Nós temos, neste momento, colocado no mercado um edital de R$ 5 milhões que se chama ‘Minas para Minas, Minas para o Mundo’, que vamos conceder 40 prêmios para que as entidades possam conhecer melhor os seus produtos turísticos, sobretudo, os promovendo com marketing nas redes sociais para colocarmos Minas Gerais de forma mais potente fora do estado e no cenário internacional”, declarou.
Jornalista graduado pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), tendo passagens pelo Mais Minas, Agência Primaz e Estado de Minas.
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