O candidato a deputado estadual de Minas Gerais, Deyvson Ribeiro (União Brasil) concedeu uma entrevista ao Jornal Galilé na manhã de terça-feira (27) e declarou que não vai se candidatar a vereador de Mariana mais. Ele se elegeu na Câmara Municipal em sua primeira candidatura, na eleição de 2016, mas viu que não queria mais ser membro do poder Legislativo.
“No decorrer da legislatura eu vi que aquilo não era para mim, porque o vereador fica muito amarrado ao prefeito e não consegue resolver os problemas da cidade. Para eu ser só mais um, a população depois chega e diz que eu não fiz nada, eu tenho um nome a zelar e não quero mais ser vereador. Os vereadores da Câmara falam, mas eu não vou ser vereador mais. Podem escrever, a minha vaga está aberta na próxima legislatura, porque o vereador fica limitado. Se tiver um buraco na porta da minha casa, eu tenho que pedir benção ao secretário, ao subsecretário, ao prefeito e nas minhas empresas eu resolvo o problema. Como vereador, infelizmente, não conseguimos fazer muita coisa. O prefeito não entende que a Indicação do vereador é um problema da cidade, mas eu fui eleito como base e depois vi que ele não me representava e me tornei oposição, fui ser um vereador independente. Quando tinha projeto importante para a cidade, nunca deixei de votar”, declarou Deyvson.
Na eleição municipal de 2020, Deyvson se candidatou a vice-prefeito de Roberto Rodrigues, que já havia sido prefeito. Hoje, ele se arrepende, pois queria mesmo era ser candidato à principal cadeira do poder Executivo. “Hoje eu me arrependo, eu deveria ter candidatado a prefeito. Tinha gente que declarava voto a mim, mas foi uma experiência que não posso reclamar. A gente aprende e leva para a vida”, disse.
Deyvson também contou que depois da eleição de 2020, decidiu dar uma pausa em sua carreira política, mas que foi chamado pelo União Brasil a participar destas eleições, como candidato a deputado estadual. Na entrevista ao Jornal Galilé, ele explica porque mudou de ideia.
“A diferença é que existem as emendas impositivas. O deputado estadual tem quase R$ 8 milhões por ano para fazer indicação onde quiser. Eu não dependo de prefeito, governador ou presidente, eu posso fazer uma indicação de acordo com a necessidade, independente de ninguém. Uma coisa que eu não quero ser é oposição, independente do partido que estiver lá. Eu quero conversar com o governador que o que eu quero é melhorar a vida daqueles que mais precisam”, afirmou.
O Jornal Galilé está promovendo uma série de entrevistas com os candidatos de Ouro Preto e Mariana. O também candidato a deputado estadual, Leleco Pimentel (PT) foi o primeiro a participar. Na noite de terça-feira, às 20h, o candidato a deputado federal Duarte Júnior vai participar. Na quarta-feira (28), é a vez da candidata a deputada estadual, Patrícia Ramos (PSTU), e a candidata a deputada federal Débora Queiroz (PCdoB). Na quinta-feira (29), é a vez de Gleiser Boroni (Patriota). Fique por dentro das principais notícias sobre eleições, também, pelas nossas redes sociais.
Jornalista graduado pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), tendo passagens pelo Mais Minas, Agência Primaz e Estado de Minas.