Uso de Animais em testes e controle de qualidade de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes não é mais permitido no Brasil. Essa nova regra está valendo desde a última quarta-feira (01), quando o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, publicou uma resolução com a proibição no Diário Oficial da União.
Animais vertebrados, que são animais que apresentam coluna vertebral e crânio, como cachorros, ratos e coelhos, para citar três espécies bastante usadas por pesquisadores, não podem mais ser usadas como cobaias no desenvolvimento desses produtos. A medida serve para regular testes de produtos que já têm em suas formulações ingredientes ou compostos com segurança e eficácia comprovadas cientificamente.
O Brasil não é o primeiro país a ter a proibição do uso de Animais em testes. Testes em animais não podem ser feitos em mais de 20 países da União Europeia, na Nova Zelândia e na Índia, entre outras nações. Vale ressaltar que a proibição aqui no Brasil vale para testes relacionados a produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Não afeta os processos de desenvolvimento de vacinas e medicamentos – nesses casos, o uso de animais ainda é permitido.
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Por que o uso de animais em testes?
Os testes em animais para produção de cosméticos ocorrem principalmente porque, a cada ano, milhares de novos cosméticos e produtos de uso doméstico chegam ao mercado. Em muitos países, todos esses novos produtos são testados em animais. Algumas vezes, são os produtos finais que são testados; em outras, são os ingredientes separados usados na composição.
Isso não aconteceria se os produtos vendidos já estivessem no mercado e, portanto, já tivessem sido testados antes. Mas as empresas competem umas com as outras através da introdução de novas opções para o público experimentar todos os anos. Assim, com um mercado em constante mudança, esse é um processo sem fim, continuando o sofrimento e as mortes dos animais usados para testar seus produtos.
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