Mulher denuncia caso de transfobia em clube de Ouro Preto

Uma mulher afirmou ter sofrido transfobia em um clube de Ouro Preto no último domingo (12). Em contato com o jornal Galilé, a mulher relatou que passou pela situação constrangedora no Ouro Preto Tênis Clube (OPT em que foi impedida de utilizar a sauna feminina, gerando comentários e um confronto verbal com outro frequentador.

O caso se tornou ainda mais delicado quando a pessoa foi acusada, de forma agressiva, por um homem, o que a deixou extremamente desconfortável. Apesar de decidir deixar o local, ela afirmou que a situação não foi esclarecida pela equipe do clube, que a conduziu de volta para a mesa sem oferecer qualquer explicação ou pedido de desculpas.

“Fui ao clube para conhecê-lo, já que nunca havia ido a este clube local, apesar de morar aqui há muitos anos. Decidi ir para ver se me interessaria em me tornar sócia. Paguei a taxa de entrada e reservei uma mesa, sentando-me nela após um breve momento na água. Depois, convidei minha amiga para conhecer a sauna e fomos juntas. Na verdade, nem permaneci na sauna; entrei apenas para ver como era.

Ao sair da sauna, enquanto estava na porta prestes a sair, fui abordada por uma funcionária. Ela me disse que havia queixas de que eu estava utilizando a sauna feminina e pediu para não usá-la, sugerindo a sauna masculina. Eu concordei, dizendo que, se não desejavam minha presença na sauna feminina, não iria mais usá-la”

A mulher relatou que diante do constrangimento, decidiu deixar o local, porém, a funcionária do clube a conduziu de forma agressiva de volta para a mesa, onde percebeu um certo burburinho em relação a sua presença. Isso a deixou desconfortável.

“Eu não fiz nada de errado aí o homem simplesmente virou e falou assim eu não acho certo mesmo não você entrar no banheiro urinar na frente da minha filha de 12 anos.

Nisso eu já fiquei toda desconcertada. Eu não bati boca. Simplesmente chamei minha amiga e falei : ‘vamos sair daqui’. Aio homem veio todo agressivo, todo agressivo gritando pra todo mundo olhando. Essa funcionária pegando meu braço me puxando, dizendo ‘Vai pra sua mesa’.

Fui pra minha mesa sentei na minha mesa ficou por isso mesmo ninguém falou nada ninguém me pediu desculpa ninguém quis ouvir a minha versão ninguém perguntou nem o meu nome.

Simplesmente só me jogaram lá na mesa, ficaram comentando ainda sobre o assunto. Não tive nenhum momento de lazer, eu peguei a minha bolsa embora arrasada”.

A mulher afirmou que irá procurar os seus direitos, bem como denunciar o ocorrido para a diretoria do clube em questão.

A RESPOSTA DO CLUBE SOBRE A DENÚNCIA DE TRANSFOBIA

Em resposta à denúncia, a diretoria do clube se pronunciou afirmando não ter sido informada previamente sobre o ocorrido, reiterando o repúdio a qualquer comportamento que cause constrangimento ou preconceito. O clube ofereceu disponibilidade para apurar o incidente e tomar medidas disciplinares, caso seja comprovado. Além disso, expressaram total apoio à vítima e planejaram uma campanha educativa sobre diversidade e inclusão.

“O clube repudia qualquer comportamento que implique em constrangimento ou preconceito. Se a suposta vitima quiser, estamos a disposição para apurar responsabilidades de algum sócio envolvido. E, caso seja comprovado o relato, sanções disciplinares serão aplicadas em nome do bom convívio entre os associados.”

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