Mariana terá novamente Tikim Matheus (Cidadania) como vereador. Ele retorna à Câmara Municipal, no lugar de Edson Agostinho (Cidadania), que foi eleito o novo presidente do poder Legislativo e, por problemas judiciais envolvendo a eleição municipal de 2020, assumirá o cargo de prefeito da cidade.
Tikim Matheus passou pela mesma situação em 2021 e metade de 2022, quando o então presidente da Câmara de Mariana, Juliano Duarte (Cidadania) assumiu a cadeira de chefe do poder Executivo. Com a determinação da Justiça de que Juliano não poderia ocupar tal cargo por ser irmão do ex-prefeito Duarte Júnior, que finalizou seu segundo mandato em 2020, Ronaldo Bento (PSB) assumiu a prefeitura e Tikim teve que deixar a Casa Legislativa, dando lugar a Pedro Sousa (PSB), que se despede da função no dia 31 de dezembro.
“Para mim, é gratificante poder trabalhar um pouco mais pela população. Fiz um trabalho diferenciado e ímpar, com o meu trabalho aprovado pela população. Então, chego mais uma vez, maduro e com a cabeça erguida. Agradeço aos meus eleitores e a todos os vereadores. Quem ganha com isso, com certeza, é a população. Durante o meu tempo como vereador eu sempre falei que o político tem que servir e não ser servido. O máximo que o político fizer, é o mínimo. Esse é o legado”, disse Tikim Matheus ao repórter Antônio Isidoro, da Rádio Real FM.
O vereador voltou a falar em servir ao povo de Mariana durante a sua vereança. “Nós temos que correr atrás e levar melhorias para a população. Afinal, ela nos emprega. É mais que uma obrigação nossa dar um retorno e um respaldo para a população. Estou muito feliz e vou trabalhar sério”.
Novo prefeito
Mariana terá o seu terceiro prefeito interino em 2023. Como o candidato que conquistou mais votos nas eleições municipais de 2020, Celso Cota (MDB), não pôde assumir por impugnação, Edson Agostinho, conhecido como Leitão, assumirá o cargo de chefe do poder Executivo no ano que vem. Como companheiro de partido, Tikim Matheus falou que dará apoio ao gestor.
“Acredito que o Leitão fará um trabalho grandioso, já está no seu sexto mandato. Ele tem uma bagagem e ninguém ficaria aqui esse tempo todo se não prestasse um serviço em prol da população. Eu tenho certeza que, com o Leitão estando lá, eu correr ao máximo para levar o nome dele onde eu for”, finalizou.
Indefinição eleitoral
A indefinição eleitoral de Mariana parece ser interminável. O caso de Celso Cota retornará ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) negar o recurso do candidato mais votado pela segunda vez.
O caso foi tratado pelo TSE em novembro do ano passado, tendo o relator, ministro Sérgio Banhos, votado contra o reconhecimento dos direitos políticos de Celso Cota. Porém, na ocasião, Alexandre de Moraes pediu vista, tendo um adiamento na decisão final.
No dia 10 de fevereiro deste ano, o caso retornou ao TSE e o julgamento foi novamente suspenso por falta de conexão da ministra Carmen Lúcia, não dando quórum necessário para que o caso fosse julgado. O julgamento foi acontecer, então, apenas no dia 24 de fevereiro, tendo a definição de anular a decisão do TRE-MG, alegando falta de quórum no dia da decisão.
Então, o caso foi julgado no dia 20 de outubro no TRE-MG, tendo decisão desfavorável a Celso, com cinco votos contra e um a favor. Celso Cota, então, entrou com um novo recurso e o TSE novamente julgará a situação do candidato mais votado em 2020.
Jornalista graduado pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), tendo passagens pelo Mais Minas, Agência Primaz e Estado de Minas.
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