Mariana segue com a sua situação eleitoral indefinida, mesmo após dois anos da eleição municipal. Isso porque o candidato a prefeito mais votado, Celso Cota (MDB) não pôde assumir o cargo por impugnação. A cidade já teve os vereadores Juliano Duarte (Cidadania) e Ronaldo Bento (PSB) como prefeitos interinos e agora terá Edson Agostinho (Cidadania) como o terceiro chefe do poder Executivo do Município em menos de três anos.
No dia 6 de dezembro, a nova mesa diretora da Câmara de Mariana foi eleita, tendo a chapa eleita composta por:
- Edson Agostinho de Castro Carneiro (Leitão) como presidente;
- Fernando Sampaio de Castro (PSB) como vice-presidente;
- Manoel Douglas Soares de Oliveira (Preto do Cabanas) como primeiro secretário;
- José Antunes Vieira (Zezinho Salete) como segundo secretário.
Como Edson Agostinho assumirá o cargo de prefeito interino de Mariana, Fernando Sampaio assumirá a presidência da Câmara Municipal. Manoel Douglas será o vice, Zezinho Salete assume como primeiro secretário e a Casa Legislativa ficará temporariamente sem um segundo secretário.
Em entrevista à Rádio Real FM, Fernando Sampaio manifestou não apenas sua vontade em ter Celso Cota como prefeito como citou quando acredita que Mariana terá novas eleições.
“Gostaríamos que fosse o prefeito eleito pela população, mas, infelizmente, com problemas judiciais, o Edson Agostinho se tornará prefeito no dia primeiro de janeiro. Nós temos que juntar os 15 vereadores para dar um bom suporte para Mariana, não podemos deixar a população desassistida. Então, tudo o que puder ser feito pela Câmara, eu acredito que será feito. Eu acredito que teremos uma nova eleição até o meio do ano que vem, no máximo”, declarou Fernando Sampaio.
Indefinição eleitoral
A indefinição eleitoral de Mariana parece ser interminável. O caso de Celso Cota retornará ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) negar o recurso do candidato mais votado pela segunda vez.
O caso foi tratado pelo TSE em novembro do ano passado, tendo o relator, ministro Sérgio Banhos, votado contra o reconhecimento dos direitos políticos de Celso Cota. Porém, na ocasião, Alexandre de Moraes pediu vista, tendo um adiamento na decisão final.
No dia 10 de fevereiro deste ano, o caso retornou ao TSE e o julgamento foi novamente suspenso por falta de conexão da ministra Carmen Lúcia, não dando quórum necessário para que o caso fosse julgado. O julgamento foi acontecer, então, apenas no dia 24 de fevereiro, tendo a definição de anular a decisão do TRE-MG, alegando falta de quórum no dia da decisão.
Então, o caso foi julgado no dia 20 de outubro no TRE-MG, tendo decisão desfavorável a Celso, com cinco votos contra e um a favor. Celso Cota, então, entrou com um novo recurso e o TSE novamente julgará a situação do candidato mais votado em 2020.
Jornalista graduado pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), tendo passagens pelo Mais Minas, Agência Primaz e Estado de Minas.
[…] de Edson Agostinho à prefeitura, quem assume interinamente a presidência da Câmara de Mariana é o vereador Fernando Sampaio (PSB), que cumpre o papel interino na Casa Legislativa pela segunda vez. Além de um mandato de […]