A The Eras Tour, turnê internacional de Taylor Swift, está passando pelo Brasil. As apresentações no Rio de Janeiro ocorreram na última sexta-feira (17), no domingo (19) e ontem (20) e diversos estudantes da UFOP se deslocaram aos shows. A passagem pelo Rio foi marcada por graves infortúnios e a próxima parada da turnê é em São Paulo, nos dias 24, 25 e 26 de novembro, no Allianz Parque.
São 45 canções que compõem cada show, duas delas são surpresa e diferentes em cada apresentação. O show de abertura é da artista Sabrina Carpenter, cantora e compositora norte-americana. A primeira semana de turnê no Rio teve infortúnios, como arrastões, falecimento de fãs e questões de saúde associadas à produção do evento.
The Eras Tour no Brasil
Em primeiro plano, as datas da turnê no Brasil são:
- Rio de Janeiro: dia 17, 18 e 19 de novembro (o show do dia 18 foi adiado para o dia 20).
- São Paulo: dia 24, 25 e 26 de novembro.
Sexta-feira (17)
O primeiro show da The Eras Tour no Brasil, infelizmente, ficou marcado por uma série de acidentes. A fã Ana Clara Benevides passou mal e faleceu após ser encaminhada ao hospital. A tragédia teve posteriores intervenções da Prefeitura do município e do governo federal. Logo, houve a determinação que a produtora do evento, T4F, garantisse o acesso à água em todas as apresentações.
Pronunciamento
A cantora entoou a música “Bigger Than The Whole Sky” na apresentação seguinte e os fãs interpretaram como uma homenagem discreta à Ana Benevides.
Não acredito que estou escrevendo essas palavras, mas é com o coração partido que digo que perdemos uma fã hoje à noite, antes do meu show. Eu nem posso te dizer o quão devastada eu estou com isso. Há muito pouca informação. Eu tenho outra coisa além do fato de que ela era incrivelmente linda e jovem demais”
a cantora publicou em suas redes sociais.
“Essa foi a última coisa que pensei que aconteceria quando decidimos trazer essa turnê para o Brasil”, acrescentou.
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Sábado (18) e segunda-feira (20)
O estádio Nilton Santos anunciou o adiamento do show que seria no sábado (18), duas horas antes do horário marcado para o início do espetáculo, com grande parte do local lotada. Taylor publicou um texto em seu Instagram, avisando que o motivo do adiamento seria a onda de calor.
Nas redes sociais, muitos fãs da cantora demonstraram insatisfação, visto que já tinham encarado o calor do período da tarde para entrar no estádio. Inclusive, muitos já estavam em seus lugares esperando.
Domingo (19)
Sem calores extremos ou tempestades (como ocorreu na noite em que seria o show adiado), a segunda apresentação contou com uma plateia de mais de 60 mil pessoas.
Na madrugada de sábado para domingo, mais um fã faleceu na cidade. Gabriel Mongenot Santana Milhomem Santos sofreu um assalto e faleceu ao ser esfaqueado. Como a cantora, a equipe ou a empresa Tickets For Fun, produtora da turnê no país, não haviam se pronunciado posteriormente, muitos internautas se mostraram desapontados nas redes.
Estudantes da UFOP na The Eras Tour
Visto que estão em período letivo, estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto deslocaram-se ao Rio de Janeiro por poucos dias para curtir o show da loirinha. Entretanto, algumas atribulações advindas dos trágicos acontecimentos fizeram com que alguns deles não conseguissem aproveitar totalmente o momento.
Alunos compartilharam vídeos do dia 17 com o Galilé, em que é possível ver pessoas se abanando e enfrentando uma sensação térmica de quase 60ºC. Contaram também que, ao todo, foram aproximadamente 15 horas de viagem ao Rio e múltiplos gastos com necessidades básicas no local.
Eu cheguei, fui sozinha, então tinha medo o tempo todo, durante o caminho, de passar por algum assalto ou algo do tipo. Chegando lá, a gente estava numa fila que fazia um caracol na rua e a polícia precisou liberar a via e, para isso, ela simplesmente começou a tocar a sirene, assustando todo mundo, o que levou todo mundo a se amontoar na calçada e ficar muito calor humano. Quando liberou a entrada, o estádio estava um forno e era um sensação absurda, o nosso corpo foi levado ao extremo, era uma sensação de cansaço e um calor absurdo. A gente via as pessoas saindo carregadas, não tinha acesso à agua porque não conseguíamos acessar os bares e mesmo no bar, a água era oito reais aqueles copos de 200ml. Durante o show, a gente via muita gente desmaiando e pessoas da equipe começaram a distribuir copos de água […] O show foi incrível, mas a gente passou por uma situação muito extrema lá dentro, que poderia ter sido evitada”
estudante da UFOP que estava presente no show do dia 17.
Pensando na onda de calor, as apresentações de domingo, show de abertura e principal, ocorreram uma hora após os horários definidos no primeiro dia. As atualizações de horário foram anunciadas com antecedência.
Após o adiamento do show do dia 18, muitos fãs tiveram de arcar com despesas extras relacionadas a transporte, hospedagem e alimentação. É o caso de alunos da universidade que tinham acomodação até domingo e teriam de lidar com outros gastos, ou desistir do show e pedir reembolso do ingresso. Uma aluna recorreu à compra do ingresso (de outra fã) para o show de domingo (19) e reembolso do ingresso inicial, já que não poderia estender a estadia e nem remanejar as passagens de volta.
Eu fui dia 18 já sem querer ir, porque estava muito estranho esse silêncio, muito triste com a situação e tendo diversas crises de ansiedade. Agora voltei para casa porque não tenho condições de ficar mais no Rio de Janeiro e acho que foi a melhor decisão. Estamos muito decepcionados com tudo”
estudante da UFOP que se deslocou de Mariana para o Rio de Janeiro e teve o show adiado.
Determinação legal
Além da proibição de entrar com água, os fãs também encararam estruturas perigosas, como placas de ferro no chão, que causaram queimaduras na pele, e arranjos que prejudicavam a circulação de ar. Agora o público pode entrar com garrafas de água e alimentos lacrados nos demais shows. A determinação foi feita pela própria Secretária Nacional do Consumidor, obrigando as empresas a permitir que os fãs tenham acesso aos direitos básicos.
As imagens acima foram divulgadas por internautas que caíram e tiveram contato com as placas de ferro no chão. “Pessoal, faz tempo que não venho aqui, mas é a minha única conta aberta. Hoje 18/11 eu fui no Estádio Nilson Santos para o show da Taylor Swift e saí com 3 queimaduras de segundo grau. As placas de metal que cobriam o chão da pista premium viraram uma CHAPA QUENTE com os 40°C”, postou a fã, na rede social X.
Produtores mineiros aprovaram a decisão de permissão de entrada de água. A repercussão dos acontecimentos recentes chegou a todo Brasil e outros organizadores de futuros eventos já começaram a se preparar para atender às medidas e providências necessárias.
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Jornalista em formação pela Universidade Federal de Ouro Preto. Fascinada pela arte da comunicação e seus desdobramentos. Estagiária no Jornal Galilé e na Rádio Real FM.
[…] The Eras Tour, turnê da cantora Taylor Swift, tem popularidade entre estudantes da UFOP e desdobra… […]
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