Servidores de Itabirito manifestam contra reforma administrativa

Servidores de Itabirito manifestam contra reforma administrativa

Servidores públicos de Itabirito foram às ruas na manhã de terça-feira (22) para manifestarem contra a reforma administrativa proposta pela prefeitura. Eles temem perder vários direitos, caso ela aconteça, e cobram uma maior participação dos mesmo no processo.

O protesto começou cedo, na Praça 1º de maio, no bairro Praia, avançando até o prédio da prefeitura, caminhando por vários pontos do centro da cidade. Os manifestantes levaram balões, cartazes, apitos e gritos de ordem para o poder Executivo. Mais de 300 servidores assinaram a lista de presença durante o ato.

Os servidores também distribuíram panfletos para a população com o intuito de informá-la sobre as consequências da reforma administrativa.

A manifestação ocorreu durante a terça, com paralisação parcial, tendo 40% do plantel de serviços essenciais, como saúde, trabalhando. O Sindicato dos Servidores Públicos de Itabirito (Sindsemi) tenta negociar com a prefeitura a fim de conseguir avanços nas reinvindicações. Caso não haja evolução nas tratativas, eles vão se reunir novamente para organizar mais outra data para paralisarem novamente.

“Não podemos deixar o futuro profissional de muitos na mão de poucos, que não trazem a representatividade de todos os servidores municipais”, disse o presidente do Sindsemi, Willian Monteiro, durante o ato de protesto.

Os vereadores de Itabirito, Dr Edson e Fabinho Fonseca participaram da manifestação em demonstração de apoio aos servidores.

São 12 projetos de lei que constituem a reforma administrativa. Segundo o Sindsemi, as perdas que eles implicaram aos servidores são:

  • Adoção de política de demissão por avaliação de desempenho;
  • Desrespeito ao limite do que é competência do Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) e do que é da Assistência Social, limitando direitos do servidor que pede licença para acompanhamento familiar;
  • Grande desequilíbrio em relação aos quadros das carreiras criadas, com remunerações desiguais em cargos com competências semelhantes;
  • Desrespeito à lei Nacional do piso do magistério, indicando proporcionalidade por horas trabalhadas no cálculo da remuneração;
  • Desrespeito à regra atual de progressão em biênio atingindo muitos servidores;
  • Processo disciplinar mais punitivo contra a carreira dos servidores;
  • Ausência da participação dos servidores na elaboração dos 12 projetos de lei da reforma.

Em nota, a Prefeitura de Itabirito afirmou que a reforma tem como objetivo atender a anseios dos servidores efetivos e a realização imediata de concurso público. A adminstração pública também alegou que mantém amplo diálogo com seus funcionários. Confira a nota na íntegra:

A Prefeitura de Itabirito esclarece que os projetos de lei que compõem a Reforma Administrativa foram encaminhados à Câmara Municipal no dia 23 de setembro e seguem em tramitação junto ao poder Legislativo.

A Reforma contempla ampla revisão das normas legais referentes às mais diversas carreiras da administração pública e visa atender a anseios dos servidores efetivos, com melhorias de vencimentos, progressão e promoção, adequação aos pisos salariais, entre outras.

A aprovação dos projetos, nos termos apresentados pela prefeitura também objetiva a imediata realização de concurso público, assegurando a execução de políticas públicas e oferta de serviços de qualidade a toda a população.

A prefeitura tem, ainda, mantido amplo diálogo com os servidores, conforme já ocorreu em reunião no dia 3 de novembro e, novamente, acontecerá em encontro agendado na sexta-feira (11).

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2 Thoughts to “Servidores de Itabirito manifestam contra reforma administrativa”

  1. […] pelo governo, que precisa aprovar na Câmara de Itabirito projetos como a reforma administrativa, tão contestada por vários servidores, já no início de […]

  2. […] novembro do ano passado, os servidores do município protestaram contra a primeira versão da reforma, afirmando que temiam perder direitos e exigindo uma maior participação nos projetos. Mais de 300 […]

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