Saneouro rebate estudo do professor da UFV sobre qualidade da água em Ouro Preto: “Possui informações inverídicas”

Saneouro rebate estudo do professor da UFV sobre qualidade da água em Ouro Preto: "Possui informações inverídicas"

A Saneouro enviou um comunicado à imprensa esclarecendo sobre o recente estudo feito pelo professor do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Rafael Kopschitz, que encontrou problemas como o não cumprimento das exigências mínimas de amostragem, monitoramento e qualidade da água presente nos sistemas de abastecimento de Ouro Preto. De acordo com a concessionária, o levantamento possui informações inverídicas e dados inconsistentes, além de ser um material enviesado.

Segundo a Saneouro, o estudo é enviesado, uma vez que o autor é coordenador de uma ONG ativista contrária à participação de empresas privadas na prestação de serviços públicos. A concessionária se refere ao Observatório Nacional do Direito à Água e Saneamento (ONDAS), que vem tendo atuação nas mesas de diálogo com a Prefeitura de Ouro Preto para que haja a remunicipalização do serviço de abastecimento hídrico na cidade.

A Saneouro afirmou que mantém a qualidade da água nos padrões estabelecidos pelo Ministério da Saúde. A concessionária disse ainda que realizou investimentos na ordem de R$ 44 milhões para tal. O recurso foi utilizado nas seguintes ações:

  • Perfuração do poço de Antônio Pereira;
  • Ampliação da vazão de produção do poço da Caixa III de 4 mil litros por hora para 45 mil litros por hora;
  • Adequações nos ramais de ligação no município e reformas estruturais nos reservatórios visando a diminuição das perdas de água;
  • Implantação de 48.000 metros de redes de distribuição de água na sede, sistema Funil e demais distritos;
  • Reforma, atualização tecnológica e automação de todas as estações de tratamento de água.

Ainda segundo a Saneouro, estão sendo investidos mais R$ 10 milhões para a implantação de cinco novos sistemas produtivos a partir de poços profundos que irão reforçar o abastecimento na sede de Ouro Preto, nos distritos de Santa Rita e Cachoeira do Campo, além dos subdistritos de Riacho e Soares.

“Será uma produção de mais de seis milhões de litros de água por dia, deixando essas regiões menos suscetíveis às paradas emergenciais das estações de tratamento decorrentes dos períodos de chuvas mais fortes. Um dos primeiros a ficar pronto, ainda neste trimestre, é o de Santa Rita de Ouro Preto, que beneficiará 2.400 (duas mil e quatrocentas) pessoas, com 720 mil litros de água por dia”, disse a Saneouro por meio da nota. 

Estudo

O estudo protagonizado por Rafael Kopschitz diz que não são poucos os casos em que a amostragem, tanto na saída do tratamento quanto no sistema de distribuição, ficou muito aquém do exigido, o que pode causar em riscos à saúde do consumidor.

Também, segundo o estudo, não são poucos os casos em que a violação do padrão de potabilidade se deu em parâmetros de qualidade microbiológica da água, como por exemplo, a turbidez da água filtrada e a presença de coliformes, até mesmo de E.coli , na saída das unidades de tratamento da água e nos sistemas de distribuição.

A violação do padrão de turbidez da água filtrada pode implicar risco à saúde por favorecer a veiculação de protozoários, como a Giardia, por exemplo. A presença de coliformes na saída do tratamento evidencia, segundo o estudo, “falha gritante na desinfecção (cloração) da água, o que muitas vezes se evidencia pela insuficiência dos teores de cloro na saída do tratamento”.

O estudo também conclui que nos sistemas de distribuição, a presença de coliformes pode ser resultado de propagação das falhas no tratamento e, ou deterioração da qualidade da água no próprio sistema de distribuição. Em alguns sistemas, a violação do padrão microbiológico de potabilidade se deu esporadicamente, mas em outros de forma recorrente.

O estudo teve como fonte a base de dados do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua) do Ministério da Saúde referente ao ano de 2022.

Confira os dados completos do estudo clicando aqui.

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