RU da UFOP é o segundo mais caro das federais de MG; mais que dobrou em 4 anos

O Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) está no centro das atenções devido ao aumento significativo de seu preço. Desde 2019 o seu preço mais do que dobrou. Com o fim do contrato com a antiga terceirizada responsável pela alimentação dos alunos, o preço ganhou mais uma alteração e com isso, o prato de comida na UFOP passou a ser o segundo mais caro entre as universidades federais do estado.

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O preço atual do ticket do RU da UFOP é de R$ 7,06 por refeição, um valor considerado alto pelos estudantes e funcionários da universidade. De acordo com o levantamento feito pelo Jornal Galilé, consultando os sites das universidades, apenas a Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) pratica um valor maior, sendo R$ 8,99. Em 2019 o valor cobrado era de R$ 3,00 e sofreu um aumento para R$ 5,55 em 2022.

Vale destacar que no ano passado, os alunos de Ouro Preto e Mariana ficaram quase dois meses sem RU por conta de imbróglios burocráticos na contratação da antiga empresa. A volta das aulas aconteceu no dia 15 de março, mas dia 2 de maio, o Restaurante Universitário voltou a funcionar.

Vale destacar que esses valores dizem respeito a alimentação sem descontos por subsídios como as bolsas. A UFOP por exemplo dispõe de gratuidade para os beneficiados da Prace.

O Diretório Central Estudantil da UFOP convocou atos para a semana que se encerra e espalhou pelos RU’s diversos cartazes questionando dos valores. Em nota o órgão questionou também a qualidade da alimentação:

“Nos últimos anos, a alimentação no RU só vem aumentando de valor, enquanto a qualidade da comida vem diminuindo. O DCE consultou os estudantes e mostrou que 98% usam o RU pelo menos 3 vezes na semana, e os relatos sobre o serviço prestado giram em torno de:

-Presença de pedras, pedaços de plástico, insetos, larvas e até vidro encontrados na comida oferecida.
-o tamanho e demora da fila, esperas de 1 hora para se alimentar, ocasionando atrasos e/ou desistência por uma opção mais rápida de alimentação.
-A baixa variedade nutricional dos cardápios, possuindo uma opção vegetariana insatisfatória e com fonte proteica abaixo do adequado. Opção vegana não existe.
-A não abertura do restaurante aos finais de semana, além do permanente fechamento do REMOP no centro de Ouro Preto”

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Uma reunião entre a administração da UFOP e representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) discutiu o funcionamento dos restaurantes e o processo de mudança de fornecedores. O contrato anterior se encerrou dia 19 de maio.

Em nota a UFOP apresenta que mesmo com a mudança dos contratos, já subsidia 50% das refeições, além de garantir gratuidade integral para os bolsistas socioeconômicos:

“Mesmo com a situação da complementação orçamentária ainda indefinida, a UFOP informou às representantes do DCE que garantirá a contrapartida de 50% para os estudantes, assim como a gratuidade integral para os bolsistas alimentação da Prace, conforme regulamentado pela Resolução Cuni nº 2.530. Isso porque, com o novo processo licitatório, o valor da refeição será de 14,12.”

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Igor Varejano

Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.