A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) lançou, nesta segunda-feira (10/4), a Operação de Proteção nas Escolas. A nova ação, de natureza preventiva, antecipa a articulação entre polícia e comunidade, e tem intenção de ampliar e fortalecer a rede de proteção às unidades de ensino públicas e privadas nos 853 municípios mineiros.
“A PM estará presente em cada escola, como se um filho ou um parente estudasse lá. Só na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), mais de 160 militares atuam diretamente na patrulha escolar”, descreveu o capitão Cristiano Araújo, da Sala de Imprensa da corporação.
A corporação detalhou, no anúncio feito na Academia da Polícia Militar de Minas Gerais, que a articulação envolverá programas de prevenção já desenvolvidos pela PMMG nas escolas, como o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) e o Programa de Educação Ambiental (Progea), que serão intensificados.
Vale lembrar que todo Batalhão PM de Minas Gerais conta com Patrulha Escolar. Com a operação, o efetivo será ampliado. Além disso, a Operação de Proteção nas Escolas propõe foco ativo na rede de proteção. A agenda, positiva, prevê palestras e outras ações educativas e de prevenção para fortalecer a rede, criando uma rotina educativa.
“A PM vai fazer mais visitas às escolas, dando dicas de segurança, de autoproteção. A ideia é estarmos todos conectados com esse fim: PM, escolas e também a comunidade, que tem papel fundamental para o fortalecimento da rede e também vai participar observando qualquer anormalidade”, explicou.
A iniciativa é uma resposta preventiva do Governo de Minas à onda de violência sofrida por escolas de São Paulo e Santa Catarina. Nesta segunda-feira, além da apresentação da estratégia, o Estado anunciou a entrega de 127 novas viaturas para fortalecimento da rede de proteção nas escolas (83 Pulse para patrulha escolar; 28 Doblô para programa Proerd e 16 L200 para o Progea).
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Fake news em ameaça nas escolas
Sobre notícias que têm circulado nas redes sociais e causado insegurança entre a comunidade escolar de todo o estado, o capitão informou que a inteligência da polícia não detectou anormalidades em Minas Gerais. “Quase a totalidade das informações checadas por nós são inverídicas”, disse.
A Polícia Militar reforça que toda ameaça que chega à corporação é checada. Essa informação ou ameaça passa a ser considerada boato somente após a instituição concluir a verificação de procedência e conteúdo. Nesse sentido, alertou o capitão Cristiano Araújo, as pessoas não devem consumir como verdade – e de imediato – tudo o que é publicado na Internet.
Ele ressaltou, ainda, que as forças de segurança seguem sempre mobilizadas para a melhor resposta de segurança e proteção aos mineiros.
“Episódios de violência causam sensação de insegurança generalizada, mas não estamos alheios. Todos os nossos esforços estão voltados para fortalecer essa rede de proteção. Ameaça para uma escola significa ameaça para todas”, disse. “Neste momento, reitero, não há qualquer lastro de ameaça de ataque a escola em Minas detectado pelos órgãos de inteligência”, concluiu.
Programas de proteção nas escolas
O Proerd é uma iniciativa da Polícia Militar de Minas Gerais, com base no Projeto D.A.R.E. (Drug Abuse Resistance Education), implantado inicialmente em Los Angeles/EUA, em 1983, e atualmente presente em mais de 58 países do mundo.
O objetivo do programa é a prevenção ao uso indevido de drogas e do combate à violência entre jovens.
As aulas são ministradas por policiais militares fardados que, orientados por manuais específicos, ensinam às crianças e adolescentes como reforçar a autoestima, lidar com tensões, resistir às pressões do ambiente, além de aprimorar o espírito de cidadania.
Já o Progea objetiva estimular alunos do 4º ano do ensino fundamental para o bom comportamento socioambiental e que contribua para a prevenção, sustentabilidade e melhoria da qualidade de vida.
Fundado em 1990 por Francelina e Arnaldo Drummond do antigo Instituto de Arte e Cultura da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), o jornal nascia em meio a uma onda democrática, que inspirava os brasileiros naquele momento. Tendo como objetivo levar informação aos cidadãos ouro-pretanos, o Galilé se diferenciava dos demais concorrentes por ser um jornal de opinião, oferecendo um pensamento crítico acerca da realidade ouro-pretana e brasileira.