A Prefeitura de Ouro Preto apresentou, na Casa de Cultura Negra do Alto da Cruz, na tarde de terça-feira (21), a volta do programa “Um Teto é Tudo”, que prevê a construção de 250 novas casas na cidade, além de dar assistência técnica para regularização fundiária e reforma de moradias. A iniciativa já foi implementada no governo anterior do prefeito Angelo Oswaldo (PV), de 2005 a 2008, chegando a 323 reformas feitas e 140 moradias construídas para atender a demanda da habitação na Cidade Patrimônio.
“Temos uma grande demanda de pessoas em área de risco e no médio e longo prazo precisamos ter um planejamento urbano no sentido de termos um caminho. A primeira coisa que fizemos foi unificar o trabalho técnico social, isso representa que qualquer política habitacional de Ouro Preto pode ser encaminhada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação”, contou o superintendente de habitação de Ouro Preto, Pedro Moreira.
A partir disso, serão distribuídas as seguintes ações do programa:
- Apoio emergencial à moradia;
- Auxílio moradia para 170 famílias;
- Assistência técnica para regularização;
- Construção e melhorias de moradias;
- Revitalização de moradias, aquisição e construção de lotes urbanizados;
- Regularização fundiária.
A partir da regularização fundiária, haverá o direito de propriedade de:
- 244 imóveis em Cachoeira do Campo – Residencial Vila Alegre
- 310 imóveis em Antônio Pereira – Residencial Dom Bosco;
- Reurb no Jardim Esperança;
- Reurb no Bairro Taquaral;
Confira onde serão construídas as novas moradias:
- 59 casas em Cachoeira do Campo – Residencial Vila Alegre;
- 21 casas em Antônio Pereira – Residencial Dom Luciano;
- 50 casas (e/ou lotes urbanizados) nas terras devolutas do Estado – Residencial Chico Rei;
- 120 casas (e/ou lotes urbanizados) nas terras desapropriadas para fins de Habitação de Interesse Social – Residencial Novo Taquaral.
Os critérios de elegibilidade do programa são:
- As famílias ganharem menos que três salários mínimos e um salário mínimo per capta;
- Morar em Ouro Preto há mais de três anos
- Não ter sido atendido em caráter definitivo por meio de programa público da política de habitação de interesse social.
“O ‘Um Teto é Tudo’ recupera um nome até que nós tivemos em governos anteriores, visando à habitação, à casa própria, à moradia na sede e nos distritos. Vamos aplicar recursos que estavam em caixa da prefeitura, via Caixa Econômica Federal, de iniciativas anteriores que ficaram parados, porque não foram aplicados por governos anteriores e estamos buscando mais recursos de compensação da Vale para o Governo de Minas Gerais, passados para a prefeitura, nós temos uma parte destinada à habitação. É um programa que visa ocupar áreas com a implantação de conjuntos habitacionais e visa, também, oferecer a pessoas que já têm uma construção iniciada ou um lote ao amparo para que eles possam levar adiante o sonho da casa própria”, declarou Angelo Oswaldo.
Todas as questões relativas à habitação de interesse social agora estão previstas na legislação do “Um Teto é Tudo”. A publicação do edital do processo licitatório do restante das casas do Residencial Vila Alegre é uma reprogramação feita pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Ouro Preto, junto à Caixa Econômica Federal, na ordem de R$ 8 milhões. O Residencial Dom Luciano está no mesmo processo.
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Novo Taquaral
Em fevereiro, quando Ouro Preto passou por tempos terríveis com fortes chuvas, deslizamentos e desabamentos, várias pessoas precisaram ser retiradas de suas casas no bairro Taquaral. A situação dos desalojados continua praticamente a mesma desde então, tendo cerca de 40 famílias sem casa para morar até hoje.
“A situação é praticamente a mesma. Ontem começou uma obra de infraestrutura, junto com a Secretaria de Obras e está indo. Estamos aguardando mais coisas. Sobre a habitação, tem caminhado bem. uma iniciativa muito bacana, temos praticamente um ano de luta, após chuva. Para nós é muito bom, porque muita gente perdeu suas casas e precisamos de moradia digna. Muitas pessoas saíram de onde moravam e agora sim há uma luz no fim do túnel e acho que dará certo”, relatou a representante da associação dos moradores do Taquaral, Estefane Malaquias.
O prefeito de Ouro Preto assinou o decreto de instauração da regularização fundiária do bairro Taquaral também na terça-feira. A partir disso, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação tratará das questões geotécnicas para saber quem pode permanecer no local, além de descobrir como é possível minimizar os riscos ambientais, saber se é necessário realizar alguma contenção e quais serão as obras de drenagem. Ao mesmo tempo, a prefeitura também trabalha para que seja construído um “Novo Taquaral” em outro espaço.
“Estamos no início dos planos de ocupação, trabalhando nas áreas da Novellis, que foram decretadas e utilidade pública. Já temos o levantamento topográfico, mapa de declividade e, inclusive, numa das áreas já temos um plano de ocupação de um estudo preliminar com arruamento e com setorização dos imóveis definido. Pretendemos, a princípio, fazer 120 casas. E o outro terreno, que seria a gleba 2, que tem cerca de 70 mil m², acabamos de receber o levantamento altimétrico, com todas as questões de declividade, córrego e cursos d’água que são questões restritivas para o início de uma ocupação e estamos fazendo o trabalho desse plano de ocupação, analisando quais as áreas dessa gleba podem ser ocupadas, para que possamos fazer o projeto urbanístico e de infraestrutura”, disse a secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Camila Sardinha.
Jornalista graduado pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), tendo passagens pelo Mais Minas, Agência Primaz e Estado de Minas.
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