O vereador Edson Agostinho (Cidadania) tomou posse da presidência da Câmara de Mariana na segunda-feira (2) e já é oficialmente o prefeito interino. Em entrevista ao repórter Antônio Isidoro, da Rádio Real FM, ele manifestou seu comprometimento com a população marianense, mas manifestou seu desejo para que haja uma nova eleição para decidir o chefe do poder Executivo da cidade de forma definitiva.
“Tomara que tenha rápido. Por melhor trabalho que quem esteve lá fez e se eu fizer, nós não fomos eleitos pelo povo para ser prefeito. Estamos cumprindo determinação da Justiça Eleitoral. Que seja o primeiro colocado, o segundo, que tenha outra eleição, porque o povo não aguenta mais essas trocas no poder”, afirmou Edson Agostinho.
Com a ida de Edson Agostinho à prefeitura, quem assume interinamente a presidência da Câmara de Mariana é o vereador Fernando Sampaio (PSB), que cumpre o papel interino na Casa Legislativa pela segunda vez. Além de um mandato de dois anos, Fernando foi presidente temporário do poder Legislativo, por oito meses, em 2010, quando Geraldo Sales precisou assumir o cargo de prefeito também interinamente.
“Temos que pensar que temos que juntar os 15 vereadores em prol de Mariana. Esse problema político de Mariana afeta todo mundo, mas nós vereadores temos a responsabilidade de fazer o melhor possível por Mariana. Ele foi eleito por nós, mas a responsabilidade dele é com toda a população marianense, não apenas para os 15 vereadores”, disse Fernando Sampaio.
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Indefinição eleitoral
A indefinição eleitoral de Mariana parece ser interminável. O caso de Celso Cota retornará ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) negar o recurso do candidato mais votado pela segunda vez.
O caso foi tratado pelo TSE em novembro do ano passado, tendo o relator, ministro Sérgio Banhos, votado contra o reconhecimento dos direitos políticos de Celso Cota. Porém, na ocasião, Alexandre de Moraes pediu vista, tendo um adiamento na decisão final.
No dia 10 de fevereiro deste ano, o caso retornou ao TSE e o julgamento foi novamente suspenso por falta de conexão da ministra Carmen Lúcia, não dando quórum necessário para que o caso fosse julgado. O julgamento foi acontecer, então, apenas no dia 24 de fevereiro, tendo a definição de anular a decisão do TRE-MG, alegando falta de quórum no dia da decisão.
Então, o caso foi julgado no dia 20 de outubro no TRE-MG, tendo decisão desfavorável a Celso, com cinco votos contra e um a favor. Celso Cota, então, entrou com um novo recurso e o TSE novamente julgará a situação do candidato mais votado em 2020.
Celso Cota foi o candidato que obteve mais votos nas últimas eleições municipais, mas não pôde assumir o cargo por impugnação
Jornalista graduado pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), tendo passagens pelo Mais Minas, Agência Primaz e Estado de Minas.
[…] Também em entrevista à Rádio Real FM, na segunda-feira (2), Edson Agostinho declarou que foi eleito pelos vereadores e que, para isso, foi preciso fazer alguns acordos. […]