Policlínica de Mariana tem número de atendimentos quase superior a de habitantes em cinco meses

Policlínica de Mariana tem número de atendimentos quase superior a de habitantes em cinco meses

A Policlínica de Mariana tem enfrentado um desafio nos últimos cinco meses, pois o número de atendimentos realizados na unidade de saúde quase superou a quantidade de habitantes da cidade no mesmo período. A população flutuante causada pelas mineradoras é apontada como uma das causas desses números.

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De acordo com dados obtidos pela Secretaria Municipal de Saúde, a Policlínica de Mariana registrou um total de 60.828 atendimentos entre janeiro e 22 de maio de 2023, uma média de quase 13 mil atendimentos por mês. Considerando que a cidade possui cerca de 61.000 habitantes, esse número impressionante revela uma demanda quase superior ao tamanho da população local.

POPULAÇÃO FLUTUANTE TRAZIDA PELAS MINERADORAS APONTADA COMO CAUSA

O vereador Manoel Douglas, conhecido como Preto do Cabanas e membro do Partido Verde (PV), atribui esse número excessivo de atendimentos à atuação das mineradoras na região. Segundo ele, em entrevista à Rádio Real, a presença dos canteiros de obras e a população flutuante gerada por essas empresas têm sobrecarregado os serviços de saúde da cidade.

“Grande parte dos atendimentos da Policlínica é para dar atestado médico para pessoas que trabalham nas empresas. Isso representa um problema muito grande. Essa questão da fundação renova tá causando muito problemas para a cidade”, ressaltou Preto.

Contudo, ele destaca que não existe a possibilidade de negar atendimento por ser um direito básico. Todas as pessoas possuem o direito à saúde, pois está previsto na Constituição Federal brasileira, mais especificamente no artigo 196. O texto estabelece que “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Por isso Preto pede uma parceria com as mineradoras para tornar os atendimentos na Policlínica de Mariana mais efetivos, expandindo a capacidade de operação, equilibrando o número com a qualidade.

“Não tem como negar atendimento. Acho que tem que ter uma parceria porque eles estão usando nosso sistema de saúde”, destaca Preto.

De acordo com Marlon Figueiredo, secretário de planejamento de Mariana, a análise dos resíduos sólidos produzidos pela cidade sugere que o número de habitantes pode chegar a mais de 90 mil. Ele explicou que essa análise é feita com base na quantidade de lixo produzido diariamente pela cidade, que é recolhido pelos serviços de limpeza pública. O dado foi apresentado a ele pela secretária do Meio Ambiente, Denise Almeida.

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A situação levanta preocupações sobre a capacidade de atendimento da Policlínica e a qualidade dos serviços oferecidos à população. A longa espera por consultas e dificuldades para marcar exames têm sido relatadas por moradores, o que suscita questionamentos sobre o acesso efetivo à saúde em Mariana.

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