Alta nos preços dos chocolates é a maior em seis anos e vai impactar nos custos na compra de ovos de Páscoa. Em 12 meses, o valor do produto acumula inflação de 13,61%, mais que o dobro da oficial. No mesmo período, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, registra alta de 5,77%.
Em entrevista ao Estadão, a economista da XP Tatiana Nogueira reforça que o açúcar, cacau e leite em pó, principais ingredientes do produto, tiveram grandes altas nos preços ao longo de 2022. Ela explica que toda a cadeia de produção do chocolate ficou mais cara: os insumos, o frete e a mão de obra, o que reflete no preço final.
Com os aumentos, um Ovo de Páscoa que custava 50 reais no ano passado pode chegar a 57 reais este ano. O ideal é que os consumidores pesquisem os preços antes de comprar os ovos de Páscoa ou que busquem outras alternativas mais em conta.
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Por que comemos ovos de Páscoa?
Há 5.000 anos, quando os persas queriam desejar felicidade a alguém, ofereciam ovos de galinha, símbolo de fecundidade e renovação. O costume foi para a Europa e começou a ser praticado na festa de Páscoa, que comemora a ressurreição de Jesus. O domingo pascal marca o fim do quaresma, período de jejum dos fiéis que, entre outros alimentos, não podiam comer ovos. Assim, no dia do renascimento de Jesus, os católicos comiam a produção de ovos acumulada durante o período.
“Ninguém sabe exatamente quando nasceu a ideia de se perfurar a casca dos ovos, esvaziá-los e rechear com chocolate”, explica a historiadora Elisabeth de Contenson, autora do livro “O chocolate e sua história”, analisando que certamente a prática começou no século 18. Mas foi no século 19, principalmente a partir de 1830, que os ovos de chocolate começaram a aparecer no comércio. O método se desenvolveu, com o aprimoramento das técnicas de se lidar com o cacau e o surgimento de fôrmas com diferentes desenhos.
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