No dia 15 de fevereiro, às 20h, o Museu Boulieu abre as festividades do carnaval em Ouro Preto ao som de Candonguêro, tradicional banda da cidade que resgata os sons predominantes na cultura da antiga folia local.
Quando se fala no carnaval de Ouro Preto, pode-se pensar em blocos estudantis, repúblicas lotadas e em grandes shows no Espaço Folia. Mas a proposta do Candonguêro é outra: relembrar a antiga folia local com repertório de canções que até hoje são entoadas pelas ruas da cidade histórica.
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Candonguêro percorre cerca de 50 anos de musicalidade local, promovendo releituras de grandes compositores e ritmos variados desde as cirandas, marchinhas, samba-rock e afroxé. Em 2018, o grupo lançou seu primeiro álbum “Era uma vez um carnaval”, com releituras de importantes compositores para a cultura local, como Vandico, Jorge Adílio, dona Maria Ferreira, seu Walter das Latinhas e Vicente Gomes.
Candonguêro é uma palavra de origem angolana que denomina o tambor utilizado no jango. Em certas localidades de Minas Gerais, passou a significar “fofoqueiro”, “leva e traz”, como conta Chiquinho de Assis, fundador do grupo. “Com esse nome, nós assumimos nossas influências de matrizes africanas, além de representar a fruição do nosso trabalho, que é levar e trazer música boa para públicos distintos”, explica.
Os ingressos para as atrações culturais estão sendo trocados na bilheteria do Museu por 1kg de alimento não perecível ou um agasalho. O Museu Boulieu conta com o patrocínio integral do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
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Sobre o Museu Boulieu
O Museu Boulieu – Caminhos da Fé acolhe a coleção formada pelo casal Maria Helena e Jacques Boulieu. O acervo reúne peças provenientes de variadas regiões do mundo nas quais se projetou a cultura ibérica levada pelos navegadores e conquistadores portugueses e espanhóis. A arte barroca tem aqui uma síntese de sua expressão global.
A instituição ocupa as instalações do antigo Asilo São Vicente de Paulo, localizado ao lado do Paço da Misericórdia, onde funcionava a antiga Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto. O prédio possui arquitetura eclética e espaços internos característicos da arquitetura sanitarista do início do século 20. Faz parte do Conjunto Urbanístico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1938.
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Fundado em 1990 por Francelina e Arnaldo Drummond do antigo Instituto de Arte e Cultura da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), o jornal nascia em meio a uma onda democrática, que inspirava os brasileiros naquele momento. Tendo como objetivo levar informação aos cidadãos ouro-pretanos, o Galilé se diferenciava dos demais concorrentes por ser um jornal de opinião, oferecendo um pensamento crítico acerca da realidade ouro-pretana e brasileira.