“Se ame e se cuide”, “Seja forte e corajosa”, “Respeito”, “Igualdade” e “Pare de nos matar” foram algumas das mensagens escritas em uma faixa por várias mulheres que passavam pela Praça JK, no Centro de Congonhas, na manhã desta sexta-feira, dia 08 de Março. O ato de grande simbolismo marcou o Dia Internacional da Mulher durante uma apresentação promovida pelo Centro de Referência da Mulher (CRM). O órgão faz parte da Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social (SEDAS) e é especializado no atendimento às mulheres em situação de violência doméstica ou de gênero em Congonhas.
A ação buscou dar visibilidade ao trabalho oferecido pelo CRM no apoio às mulheres tendo em vista o crescimento do feminicídio em Minas Gerais no ano passado. Segundo um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado nesta quinta-feira (07), Minas Gerais é o segundo Estado do país onde mais mulheres foram mortas em 2023. O relatório aponta que, no ano passado, 183 mulheres foram assassinadas em um crime de feminicídio em Minas. A violência, reconhecida na lei como crime de gênero, cresceu 18% em dois anos no Estado.
“Além de apresentar o CRM como espaço de apoio às mulheres vítimas de violência, nós trouxemos essa faixa para que elas pudessem se expressar da melhor maneira que elas desejassem. E ressaltamos este ano o tema, “Seja a Mulher que você quiser”, porque infelizmente a sociedade e a mídia e as redes sociais impõem pra nós mulheres vários padrões, mas trouxemos e deixamos a mensagem de que as mulheres devem ser o que eles quiserem ser e que, sobretudo, sejam felizes e apoiem outras mulheres neste ideal porque mulheres unidas são muito mais fortes”, ressaltou a Secretária da SEDAS, Julia Correia.
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ONDE BUSCAR APOIO EM CASO DE VIOLÊNCIA CONTRA MULHER
O Centro de Referência da Mulher é um local de acolhimento, orientação e acompanhamento das mulheres vítimas de violência. A Violência contra a mulher é qualquer conduta – ação ou omissão – de discriminação, agressão ou coerção, ocasionada pelo simples fato de a vítima ser mulher, e que cause danos, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial. Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos como privados.
A denúncia de violência contra a mulher pode ser feita nas Delegacias de Polícia Civil e Militar, inclusive para registro do boletim de ocorrência. O contato também pode ser feito pelo Disque 180 ou 190 e no Centro de Referência da Mulher (CRM), de 8h às 16h. O CRM está localizado na rua Antônio Andrade de Freitas, 3, Centro. Mais informações pelo telefone 3731-4428.
Fundado em 1990 por Francelina e Arnaldo Drummond do antigo Instituto de Arte e Cultura da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), o jornal nascia em meio a uma onda democrática, que inspirava os brasileiros naquele momento. Tendo como objetivo levar informação aos cidadãos ouro-pretanos, o Galilé se diferenciava dos demais concorrentes por ser um jornal de opinião, oferecendo um pensamento crítico acerca da realidade ouro-pretana e brasileira.
