Nos dias 2 e 3 de maio, Miguel Burnier receberá intervenção artística do projeto cultural “Programa Educativo Iphan+80”. Criado visando à promoção, valorização e preservação do patrimônio cultural, o projeto, que completa sua primeira fase ao chegar a Miguel Burnier, pretende causar impacto positivo e duradouro nas comunidades envolvidas.
O projeto foi encomendado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/Iphan à Akala, organização da sociedade civil sem fins lucrativos de Belo Horizonte, que concebeu a proposta e está à frente da realização do projeto.
Em Miguel Burnier, a intervenção artística será realizada nos dias 2 e 3 de maio, quinta e sexta-feira, no muro da Escola Municipal Monsenhor Rafael. Anna Göbel, artista reconhecida no Brasil e no exterior por seu trabalho como muralista, e Chico Simões, artista que se dedica ao teatro popular de bonecos, serão os responsáveis pela execução do mural, que representará elementos do patrimônio local.
No dia 2 de maio, quinta-feira, entre 14h e 16h, a comunidade de Miguel Burnier poderá participar da pintura junto com os artistas. Segundo Anna Göbel “a participação pode ser também uma conversa, uma sugestão, alguma contribuição que a pessoa traz para a pintura. Os temas que serão pintados abordam o patrimônio natural e cultural de Miguel Burnier”. O muro será inaugurado no dia 3 de maio, sexta-feira, às 14h, com a apresentação do Quarteto de Sopros, formado por músicos da Corporação Musical Sagrado Coração de Jesus e Maria.
A abordagem de Educação Patrimonial abraçada pelo projeto estimula um olhar afetivo para as “coisas da terra”, valorizando os laços de afeto com os bens culturais materiais e imateriais, não necessariamente tendo como referência apenas o que já foi tombado ou registrado pelos órgãos de proteção. Esse olhar abrange não só as manifestações culturais, mas também o que é natural em cada localidade: a biodiversidade, a fauna, a flora, a paisagem, os rios etc.
Na segunda etapa do projeto serão realizadas oficinas de formação de multiplicadores. Essa etapa visa formar professores, agentes culturais, artistas, artesãos, articuladores do território para desdobrar a iniciativa nas escolas e espaços de cultura. Um dos produtos do projeto é o material didático-pedagógico. Contendo propostas de atividades baseadas nos bens culturais de cada localidade contemplada, o material será entregue aos participantes no período da formação de multiplicadores.
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Segundo Andréia De Bernardi, presidente da Akala e coordenadora geral do Programa Educativo Iphan+80, “as intervenções artísticas integram uma narrativa que se complementa a cada lançamento do projeto, o que traz uma característica muito interessante à iniciativa: a transmidialidade. À medida que os produtos culturais do projeto são lançados e as ações realizadas, registros e conteúdos específicos são disponibilizados ao público por meio do site www.iphan80.com.br”
O cronograma de intervenções artísticas previstas no “Programa Educativo Iphan+80” está em execução desde o início de abril e já passou por seis cidades: Belo Vale, Congonhas, Ouro Branco, Mariana, Juiz de Fora e Cataguases.
Sobre os organizadores
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Cultura que responde pela preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro. Cabe ao Iphan proteger e promover os bens culturais do País, assegurando sua permanência e usufruto para as gerações presentes e futuras.
A Akala é associação cultural sediada em Belo Horizonte, reconhecida por criar e implementar relevantes projetos educativos e culturais. Desde a sua fundação, a Akala se destaca pela proposição e realização de relevantes projetos, tendo recebido prêmios e menções honrosas nacionais e internacionais, dentre eles o Prêmio Economia Criativa do Ministério da Cultura e o Prêmio Ibero-americano de Educação e Museus, concedido pelo IBERMUSEUS.
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Graduando em Jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto. Atua como estagiário no Jornal Galilé e na Rádio Real FM.