Em menos de uma semana, dois graves episódios de invasões abalaram a tranquilidade de repúblicas federais pertencentes às moradias estudantis da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), conhecida popularmente como Moitas, em Mariana. Essa comunidade habitacional, composta por sete residências e que acolhe cerca de 80 alunos, encontra-se estrategicamente localizada nas proximidades do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) em Mariana.
O incidente de invasão teve lugar durante a manhã, na ausência da estudante Tamires Fernandes, proprietária do quarto invadido. O invasor, com a audácia de um arrombamento, adentrou pela janela do quarto e subtraiu o notebook da vítima. Contudo, o que intensifica a preocupação é o fato de que esse não foi um caso isolado. Discentes da universidade têm se manifestado quanto à negligência que parece permear a abordagem da instituição diante desses acontecimentos. Lamentavelmente, esta marca a segunda violação às moradias em menos de uma semana. Já na terça-feira anterior, no dia 15, uma outra aluna também teve seu quarto invadido, seguindo o mesmo modus operandi. A invasão, possibilitada após o desparafusamento da grade de proteção, resultou no furto de não somente um notebook, mas também uma quantia em dinheiro.
VÍTIMAS EM MEDO CONSTANTE DEVIDO ÀS INVASÕES
As vítimas, que agora são testemunhas de repetidos episódios de furto, expressam sua consternação. Chama atenção o fato de que, no ano anterior, Tamires viu sua residência ser invadida por duas vezes, apesar da intervenção da Polícia Militar e das entidades responsáveis pela segurança das moradias, como a Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (PRACE). Lamentavelmente, ações de assistência e medidas preventivas têm sido escassas ou inexistentes.
Os estudantes levantam discussões sobre a necessidade urgente de medidas mais eficazes de segurança nas moradias estudantis da UFOP. Eles relatam a falta de ações concretas por parte da universidade tem deixado os estudantes preocupados com sua segurança e bem-estar. Para os moradores das Moitas repetição desses episódios de invasão e furto revela falhas no sistema de segurança existente, bem como a necessidade de uma resposta mais diligente e proativa por parte das autoridades competentes.
Em conversas com a reitoria da universidade, eles relataram que falta de manutenção das moradias pode ser um fator que causa esses problemas. A conversa também gira em torno da importância da comunicação eficaz entre os moradores e com os responsáveis pela segurança.
Além disso, a conversa também abordou a presença de indivíduos suspeitos na área das moradias estudantis. A identificação e monitoramento dessas pessoas parecem ser parte das preocupações dos moradores.
RESPOSTA DA UFOP SOBRE AS INVASÕES DAS MORADIAS EM MARIANA
O jornal Galilé entrou em contato com a UFOP para entender quais são as medidas tomadas para combater esse tipo de invasão. A instituição declara estar ciente dos recentes furtos nas moradias estudantis do Conjunto I e está colaborando com as autoridades para investigar e prevenir futuros incidentes. A universidade ressalta a cooperação com o poder municipal para melhorar a segurança no campus e nas áreas vizinhas.
Visitas foram feitas ao local, os alunos foram instruídos a serem mais vigilantes e a equipe de segurança, composta por vigilância armada e portaria, está ativa 24 horas. Medidas de segurança, como grades e guaritas, foram implementadas, e as grades serão reforçadas.
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A UFOP reitera seu compromisso com o bem-estar da comunidade e oferece apoio emocional por meio de serviços de acolhimento psicossocial.
À medida que a comunidade acadêmica busca respostas e soluções, é evidente que o tema da segurança nas moradias estudantis continuará a ser uma pauta importante para estudantes, administração da universidade e autoridades responsáveis. A necessidade de um ambiente seguro e propício ao estudo e ao convívio está em primeiro plano, e espera-se que medidas adequadas sejam tomadas para restaurar a confiança dos moradores e garantir a integridade de seus pertences e privacidade.
Esta matéria foi escrita e apurada com o auxílio de Caio Duarte, Jornalista em formação pela Universidade Federal de Ouro Preto, apaixonado por música e audiovisual. Siga ele nas redes sociais.
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Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.