Instabilidade política: "É impossível um projeto de longo prazo", afirma secretário de Mariana

A instabilidade política em Mariana, é um tema recorrente de discussão há anos, tanto pelos habitantes da cidade quanto pelos membros do poder público. O município já passou por casos de cassação de mandatos, inelegibilidade, erros de sucessão e até mesmo assassinato de candidato a prefeito. De acordo com o secretário de Planejamento e Transparência do município, Marlon Figueiredo, essa situação de instabilidade constante tem afetado diretamente a gestão pública e a execução de projetos de longo prazo pela Prefeitura, tornando-os impraticáveis.

Figueiredo, que está na pasta desde 2016, afirma que a troca constante de chefes do Executivo tem dificultado a realização de grandes mudanças estruturais na cidade. Somente no período em que ele está na secretaria, estiveram quatro prefeitos: Duarte Junior (2015 a 2020), Juliano Duarte (2021 a junho de 2022), Ronaldo Bento (junho de 2022 a dezembro de 2022) e agora Edson Agostinho (Janeiro de 2023).

“Não existe na verdade a possibilidade de um governante interino trabalhar um projeto a médio ou longo prazo. Esquece, não tem condição. O que tem ali como subsídio para trabalhar é o PPA, que é o plano plurianual que foi aprovado ali no primeiro ano de mandato que vai valer e até 2025. Porque é sempre o governante sempre pega o último ano do PPA do governante anterior e isso é algo que pode nortear, mas cada um tem um estilo de gestão, cada um tem sua prioridade de gestão”, revelou Marlon à Radio Real.

Confira a parte 1 e a parte 2 da entrevista.

De acordo com o secretário, a instabilidade política em Mariana tem sido um grande entrave para a tomada de decisões impactantes, pois projetos podem ser deixados de lado com a mudança de governo ou novas eleições. Esse cenário tem gerado ansiedade na população, que aguarda por uma eleição definitiva.

A situação pode mudar em breve, uma vez que uma nova eleição deve ser marcada após o esgotamento dos recursos do vencedor de 2020, Celso Cota, que teve sua candidatura anulada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No entanto, ainda há incertezas sobre o processo eleitoral e como a cidade conseguirá se recuperar da instabilidade política e retomar o planejamento a longo prazo.

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