Concessão dos parques Itacolomi e Ibitipoca é suspensa

Concessão do Parque Estadual do Itacolomi é suspensa

A concessão dos parques estaduais do Itacolomi, localizado em Ouro Preto e em Mariana, e de Ibitipoca, em Lima Duarte, foi suspensa em razão de uma decisão judicial da 5ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte. A suspensão foi anunciada no Diário Oficial do Governo Estadual, na quarta-feira (28).

Ao que tudo indica, a suspensão se deu por conta de uma discussão fundiária. Existe uma parte do Parque do Itacolomi que não estava regularizada e, portanto, entendeu-se que foi concedida sem o Governo de Minas Gerais ter a posse, com a matrícula da área. O Estado deve recorrer.

No dia 21 de dezembro, aconteceu o leilão dos Parques Estaduais do Itacolomi e Ibitipoca, na sede da B3, em São Paulo. Com uma proposta de R$ 3.519.00,00, a concessionária Parques Fundos de Investimento e Participações em Infraestrutura, por meio da corretora Fram Capital, foi a vencedora do processo.

“Temos acompanhado esse processo de concessão do Itacolomi, que foi suspensa por um Mandado de Segurança, com muito receio. Sabemos que o governo Zema enxerga o meio ambiente como um gasto e não como um investimento. Por isso, ele fez esse processo. Nós estivemos bastante ativos nas audiências públicas, mas ainda temos o receio do custo que isso vai gerar para o frequentador do parque, principalmente o ouro-pretano” afirmou o diretor de parques e áreas protegidas de Ouro Preto, Pedro Rodrigues, à Rádio Real FM.

Com a concessão, a intenção é que ingressos no valor de até R$ 70, com descontos para moradores de Ouro Preto e Mariana, sejam cobrados e que outras atrações também sejam instaladas no Parque Itacolomi, como glamping (camping de luxo).

“Eles querem montar no parque coisas que não serão para os moradores de Ouro Preto. Queriam colocar um restaurante de luxo dentro da Casa Bandeirista e a gente refutou a ideia com muita vontade. O preço dos ingresos pode chegar até R$ 70. Então, para uma família de quatro pessoas, teria que pagar R$ 280, fora o preço dos atrativos que haverão dentro do parque. Somos contra e estamos felizes com a suspensão, ainda que provisória”, finaliza Pedro Rodrigues à Rádio Real FM.

O Jornal Galilé entrou em contato com a Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais e aguarda um posicionamento.

Com contribuição na apuração de Rominzeira, da Rádio Real FM*

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