Pela primeira vez, o Carnaval de Ouro Preto vai escolher uma rainha da diversidade LGBTQIAP+

Pela primeira vez, o Carnaval de Ouro Preto vai escolher uma rainha da diversidade LGBTQIAP+

Foto Ane Souz

Após dois anos de pandemia, o Carnaval de Ouro Preto está de volta e pela primeira vez o evento vai escolher uma rainha da diversidade LGBTQIAP+. 

“Nós precisamos trabalhar a questão da inclusão. Todos somos iguais, todos somos irmãos e é preciso que todas as classes se sintam representadas”, afirmou Margareth Monteiro – Secretária Municipal de Cultura e Turismo de Ouro Preto.

Victor Diniz, diretor na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Tecnologia, está ajudando na mobilização de pessoas que vão participar da escolha e explicou que as inscrições estão sendo feitas na Secretaria de Cultura e Turismo, na Casa de Gonzaga (Rua Cláudio Manoel, 61, Centro, perto da feirinha de sabão) até hoje (11), das 10h às 12h30 e das 14h às 16h30.

Os critérios para poder participar são:

  • Ser maior de 18 anos.
  • Residir em Ouro Preto.
  • Ter disponibilidade para acompanhar a programação do Carnaval Imperial presencialmente.

A rainha da diversidade LGBTQIAP+ será escolhida neste sábado (11), às 20h30 na Praça Tiradentes, por aclamação popular, assim como os tradicionais Rei e Rainha Momo. Os mais aplaudidos pelo público serão coroados como realeza do carnaval da cidade. A escolha ainda conta com a presença da bateria do bloco Pirata. 

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“Nós gostaríamos de convidar todos os moradores para estarem presentes, para nos ajudarem a escolher os nossos integrantes da corte momesca”, declarou a Secretária de Cultura e Turismo, Margareth Monteiro. Ela ainda explicou que a prefeitura dará uma ajuda de custo aos vencedores de R$2 mil, além de se responsabilizar pelas fantasias. 

“Quando tem essa abertura, essa ação, a gente se sente mais motivada a querer correr atrás”

Em 2020, Danúbia Alessandra foi eleita a rainha do carnaval de Ouro Preto, sendo a primeira mulher trans a alcançar o posto. “A minha ficha em nenhum momento daquele ano tinha caído, eu simplesmente fui lá para dançar, fazer algo que eu gosto, sabe, que eu tenho um amor, que eu tenho prazer em estar presente e só depois de um certo tempo é que a gente conversa pensar ‘Nossa, poxa, eu fui a primeira rainha trans no carnaval, né?”, comentou Danúbia sobre a experiência de ganhar.

Ela contou que já havia participado de outros concursos e chegou a ouvir que seria uma “afronta” colocá-la como rainha de bateria. Este ano, ela desfila como Rainha de Bateria da escola de samba Inconfidência Mineira e não vai participar do concurso para rainha da diversidade.

Para Danúbia, a iniciativa de escolher uma rainha da diversidade foi muito interessante e fundamental para a comunidade LGBTQIAP+ de Ouro Preto.

“Para nós, quando não tem essa abertura, a gente vai se fechando e a gente sempre pensa ‘Nossa, eu queria ter a oportunidade, eu tenho talento, mas por que não me dão?’ Então quando tem essa abertura, essa ação, a gente se sente mais motivada a querer correr atrás, ir atrás dos nossos sonhos, querer fazer parte, e a gente acaba somando”, declarou a rainha de bateria.

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