Câmara de Ouro Preto acionará Comissão de Direitos Humanos para averiguar ação da Guarda Civil

Câmara de Ouro Preto acionará Comissão de Direitos Humanos para averiguar ação da Guarda Civil

Durante a 68ª reunião ordinária da Câmara de Ouro Preto, na manhã de quinta-feira (20), seis moradores fizeram uso da tribuna livre para relatar o que vivenciaram na noite anterior, quando a Guarda Civil utilizou gás de pimenta para expulsar os manifestantes do prédio da Prefeitura Municipal. Confira os relatos clicando aqui.

Diante disso, o presidente da Câmara de Ouro Preto, Luiz Gonzaga (PL), disse que acionará a Comissão de Direitos Humanos para averiguar se houve algum abuso por parte da Guarda Civil.

“Eu não estava lá, tinha outra reunião marcada. Mas, a pedido dessas pessoas, vamos acionar a Comissão de Direitos Humanos da Casa Legislativa para averiguar os fatos e saber se houve um abuso ou não. Isso é uma obrigação da gente. O povo está a flor da pele, exaltado com o problema da Saneouro e nós estamos caçando caminhos para que se resolva no diálogo”, disse o presidente da Câmara de Ouro Preto, Luiz Gonzaga (PL).

A tribuna livre da Câmara de Ouro Preto, da manhã de quarta-feira, pode ser conferidos na íntegra clicando aqui.

O caso

Manifestantes ocuparam o auditório da Prefeitura de Ouro Preto na tarde de quarta-feira (19), em um protesto contra a concessionária responsável pelo abastecimento de água da cidade, Saneouro, e os preços que estão sendo praticados nas tarifas. Mais tarde, a Guarda Civil agiu utilizando spray de pimenta contra os ocupantes. Uma mulher de 73 anos precisou ser levada à UPA Dom Orione por ter inalado o gás.

Cerca de 80 manifestantes, dos cerca de 400 que foram ao ato, ocuparam o prédio para entregar as contas de água ao prefeito Angelo Oswaldo (PV), que estava no Rio de Janeiro no momento do protesto. Inconformados, eles decidiram ocupar a Prefeitura de Ouro Preto até que o chefe do poder Executivo se pronunciasse.

O secretário de Defesa Social de Ouro Preto, Juscelino Gonçalves, alegou que não há previsão legal que permita a ocupação do prédio público, ainda que a manifestação fosse legítima. Portanto, segundo ele, houve a orientação para as pessoas deixarem o espaço, o que não foi seguido pelos manifestantes.

“Nós destacamos que toda e qualquer manifestação é bem-vinda em Ouro Preto. Nós temos até orgulho dessas manifestações, porque é uma voz uníssona contra essa cobrança abusiva dos preços praticados pela Saneouro. Apesar de haver um ou outro mais exaltado, um tanto agressivo, teve até um que tentou tomar a força o microfone da minha mão e houve um momento de tensão. Logo em seguida foi contornado. Acontece que os manifestantes, a determinada altura, ameaçaram ocupar e ficar no prédio público, passando a noite lá. Não há previsão legal para isso e a Guarda Civil Municipal, inicialmente, convidou-os a se retirarem, conversando. Alguns, mais exaltados, não aceitaram e foi necessário um spray de pimenta para que as pessoas deixassem o espaço público, mesmo porque alguns estavam danificando o prédio público”, contou Juscelino Gonçalves.

Ainda de acordo com o secretário de Defesa Social de Ouro Preto, houve danos à porta, maçaneta e cadeiras da Prefeitura Municipal. “Foi necessário, então, que a Guarda Municipal, junto com a Polícia Militar, intervisse para desmobilizar aqueles mais agressivos que estavam lá. Não houve violência física, mas sim a proteção do prédio público, que é de todos os munícipes e das pessoas que lá trabalham e precisam chegar na outra manhã cedo para servir à população”, concluiu.

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