Hoje é dia de Batalha das Gerais em Mariana

A tradicional Batalha das Gerais acontecerá hoje em Mariana a partir das 19h, na Praça Gomes Freire. Após retornar oficialmente em julho após três anos de hiato, a organização segue promovendo o encontro de MC’s uma vez por mês no centro histórico da Primaz de Minas.

A Batalha das Gerais se transformou em uma joia da cultura da cidade de Mariana desde 2015. Com a promoção dos duelos de artistas, o evento valoriza o hip hop mineiro. Além disso, ainda serve para descentralizar o holofote cultural e contrastar as belezas coloniais com a contestação da arte urbana.

O cenário do rap na primeira cidade de Minas Gerais encontra-se em momento efervescente, com inúmeros artistas despontando com muito talento, lírica e musicalidade.

As batalhas de rima, que se tornaram febre nas redes sociais nos últimos anos, são instrumento do Hip Hop desde a suas origens. De Mariana, saiu das ‘Gerais’ um dos maiores artistas do rap brasileiro: o fenômeno Djonga.

Pedro Mol, ou Rich Braza, foi um dos dos fundadores da BDG, e não conseguia esconder a felicidade ao ver o retorno do evento em julho. Ele mencionou com nostalgia que a primeira batalha aconteceu em março de 2015, em um canto específico onde o som era reproduzido por uma caixa de bateria e um microfone. Ele expressa nostalgia ao lembrar daquele momento e ressalta que desde o início, a batalha recebeu apoio de pessoas que se identificaram com o evento.

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A estabilidade da batalha foi afetada por diversos motivos, como a pandemia, as mudanças políticas na cidade e a necessidade das pessoas de trabalharem. Apesar desses desafios, o coletivo responsável pela batalha está se reestruturando e buscando retornar com força. O rapper destaca que o evento não pertence a ele ou a nenhum indivíduo específico, mas sim à cidade de Mariana como um todo. Ele enfatiza a importância do apoio coletivo e da renovação de pessoas envolvidas no evento, que trazem conhecimento e energia nova.

Hoje é dia de Batalha das Gerais em Mariana — Foto: Igor Varejano

“Temos um público mais jovem, uma mudança significativa, sabe? Estou vendo gente que nem conheço, mas todos compartilham a mesma ideia de oito anos atrás. Eles deixam seus bairros mais afastados e vêm para o centro. Não queremos ir para a Praça, queremos ir para a pista, nosso lugar aqui no centro histórico. É como a capoeira lá embaixo, nas sextas-feiras. Temos diversas outras atividades culturais que ocorrem no centro, e a batalha também já faz parte do calendário”, disse Pedro ao Galilé.

Além disso, é fundamental ressaltar que o uso de drogas não é permitido no local. A conscientização sobre o consumo responsável é essencial para a segurança e o bem-estar de todos os participantes. Os organizadores também enfatizam a importância de manter a praça limpa, levando sacolas de lixo e zelando pelo espaço público.

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