Mensagem alarmista sobre soropositivos ‘medindo glicemia’ em Ouro Preto é Fake News

Fake news: Nos últimos dias, grupos de Whatsapp em Ouro Preto foram inundados por uma mensagem alarmante que afirmava que pessoas vestidas de branco estavam indo de casa em casa para medir a taxa glicêmica dos moradores. A mensagem alegava que esse grupo era composto por soropositivos com a intenção de transmitir o vírus HIV, supostamente a mando da “Baleia Azul”.

A situação gerou preocupação na comunidade, por conta atribuir a Polícia Militar o alerta público. A mensagem supostamente divulgada pela polícia alertava: “Amigos e populares, a Vigilância Sanitária e a PM acabam de informar que um grupo de aidéticos está em várias cidades abordando as pessoas para que elas façam a medição da glicose. Se você for abordado, DENUNCIE! Ligue 190. Este suposto teste está passando o vírus HIV. OBS: Eles estão se passando por um grupo de enfermeiros estudantes. CUIDADO! É mito sério. Vamos espalhar para outros grupos.”

No entanto, em resposta a essa mensagem alarmista, a Secretária Adjunta de Saúde de Ouro Preto, Isabela Guimarães, desmentiu as alegações. Ela afirmou: “Essa postagem aí, que eles estão divulgando é fake News. Todos os nossos profissionais que são bem conhecidos na nossa população, os agentes comunitários de saúde, possuem uniforme. Então, essa mensagem inclusive já foi vinculada em outros meses anteriores. As duas vinculações são fake News.”

A desinformação que se espalhou na comunidade de Ouro Preto ressalta a importância de verificar a veracidade das informações antes de compartilhá-las e de confiar nas autoridades de saúde para esclarecimentos sobre questões relacionadas à saúde pública. A disseminação de informações falsas pode causar pânico e prejudicar a resposta adequada a situações de saúde. Portanto, a mensagem alarmista sobre aidéticos medindo glicemia foi desmentida pela Secretaria de Saúde.

O TERMO AIDÉTICOS

O termo “aidéticos” é problemático e inadequado para se referir às pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou à condição médica associada à síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Existem vários problemas ao usar esse termo:

  1. Estigmatização: O termo “aidéticos” carrega uma conotação altamente estigmatizante, associando as pessoas ao HIV/AIDS de forma pejorativa. Isso perpetua o estigma em relação a pessoas vivendo com HIV/AIDS, o que pode resultar em discriminação, preconceito e isolamento social.
  2. Desinformação: O uso desse termo contribui para a desinformação em relação à doença. O HIV é uma infecção viral, e a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é a fase avançada e potencialmente mortal dessa infecção. Usar o termo “aidéticos” não reflete a natureza precisa da condição e pode levar a mal-entendidos sobre o vírus e a doença.
  3. Redução das Pessoas a uma Condição Médica: Rotular as pessoas como “aidéticos” reduz sua identidade a uma condição médica. Isso é desumano e desconsidera a totalidade de suas vidas, personalidades e experiências.
  4. Uso Desatualizado: O termo “aidéticos” foi amplamente usado no passado, mas não reflete mais a terminologia e o entendimento atuais em relação ao HIV/AIDS. Atualmente, é mais apropriado usar termos como “pessoas vivendo com HIV” ou “pessoas soropositivas”.

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias da Região dos Inconfidentes e de Minas Gerais? Então siga o Jornal Galilé nas redes sociais. Estamos no Facebook, no Instagram e no YouTube. Acompanhe

Notícias relacionadas

Leave a Comment