Na noite de ontem(14), circulou um vídeo nas redes sociais, de alunos do Instituto Federal de Minas Gerais Campus de Ouro Preto (IFMG), reclamando da falta de transporte para o distrito de Rodrigo Silva. Nas redes, uma aluna afirma que desde 2022 os estudantes da localidade sofrem com esse problema. Vale destacar que a prefeitura não tem nenhuma obrigação ou responsabilidade legal de proporcionar transporte aos alunos do IF residentes em distritos.
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A estudante reclama que, muitas vezes, precisam recorrer ao IF para conseguir transporte, pois a prefeitura não cumpre com sua obrigação de fornecer os meios necessários para que os alunos cheguem à escola. A falta de transporte resulta em perda de aulas pela manhã, e as alunas se veem obrigadas a pagar do próprio bolso para vir para a escola, além de terem que esperar até tarde da noite pela chegada de um transporte.
Porém, as alunas afirmam que quando tentam entrar em contato com a prefeitura ou com o responsável pelo transporte, recebem desculpas e justificativas. São informadas sobre reuniões, provas e testes que supostamente impossibilitam o envio de transporte adequado. No entanto, as alunas consideram essas justificativas insuficientes e sentem que seus problemas não são levados a sério.
Veja a declaração:
“Estamos aqui na escola desde as sete horas da noite, aguardando um transporte que a prefeitura prometeu enviar para os alunos do IF. É frustrante ter que depender do IF para conseguir transporte, simplesmente porque a prefeitura não cumpre com sua responsabilidade. Muitas vezes, perdemos aulas pela manhã por falta de transporte. Somos obrigadas a tirar dinheiro do próprio bolso para pagar a passagem e conseguir vir para a escola, e às vezes ficamos aqui até tarde da noite esperando pelo transporte.
Quando tentamos falar com a prefeitura ou com o responsável pelo transporte, ouvimos desculpas e justificativas. Dizem que há reuniões, provas e testes logo cedo, mas isso não justifica o nosso sofrimento. Passamos por momentos difíceis e ninguém parece se importar. Somos forçadas a recorrer à prefeitura e gastar nosso próprio dinheiro para pagar a passagem, porque as pessoas responsáveis pelo transporte simplesmente não aparecem. Olhem só, prestem atenção à nossa situação. Está insuportável.
Essa situação não é nova, os ônibus já quebraram várias vezes, nos deixando no meio do caminho e correndo riscos. Sem mencionar que ficamos aqui até as sete horas da noite. Somos todos menores de idade, imaginem se algo acontecer conosco aqui, por causa dessas pessoas que não têm consciência de que somos menores e que é responsabilidade delas vir nos buscar. Vejam só, isso aconteceu.”
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Veja o vídeo:
Contudo, vale destacar que a prefeitura não tem nenhuma obrigação ou responsabilidade legal de proporcionar transporte aos alunos do IF residentes em distritos. A iniciativa é feita em apoio a esses estudantes e ocorrem falhas no serviço no mais das vezes por falta dos motoristas cooperados em operação das linhas estabelecidas.
O jornal Galilé entrou em contato com a secretaria de Educação de Ouro Preto, Deborah Etrusco. Ela menciona que recebeu a informação na noite anterior por meio de um contato no IFMG (Instituto Federal de Minas Gerais), que tem mantido um diálogo constante com eles. Deborah revela queque houve uma falha na prestação de serviço do contratado.
Por isso, a secretaria afirma que já estão tomando as providências cabíveis, incluindo a dispensa do prestador de serviço atual e a contratação de outro motorista e veículo para garantir o atendimento adequado.
“Nesta manhã, já estamos tomando as medidas necessárias. Decidimos dispensar esse prestador de serviço e não contaremos mais com ele para atender à secretaria de educação. Nosso objetivo é entregar um serviço de qualidade aos alunos, e como gestoras do contrato, é nossa responsabilidade dispensar esse prestador. É importante ressaltar que ele é um terceirizado e não um motorista da prefeitura, tampouco utiliza veículos pertencentes à prefeitura. Ele faz parte do serviço de frota terceirizada. Já solicitamos à cooperativa a dispensa desse prestador para essa rota e estamos procurando outra pessoa comprometida e responsável, que possa cumprir o contrato firmado“, revelou Deborah Etrusco ao jornal Galilé.
“A Secretaria de Educação está tomando as providências cabíveis para que o serviço seja ofertado dentro do previstos nas cláusulas contratuais de transporte escolar terceirizado. O prestador que não estiver cumprindo com o previsto, será dispensado imediatamente das suas funções, e será substituído para que o serviço tenha continuidade e qualidade. No caso de Rodrigo Silva no dia 14 de junho, o setor de transporte da Secretaria de Educação não foi informado em tempo hábil pelo prestador de serviço de que ele não faria a rota, por isso houve o atraso. Mas as providências já estão sendo tomadas”, afirmou.
Quanto a reclamações de recorrência, Etrusco garante que os prestadores de serviço responsáveis pelo transporte escolar serão dispensados se não demonstrarem comprometimento com o serviço.
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Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.
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