Leleco contrapõe Juliano Duarte sobre acordos de Mariana e diz que 'Zema é o maior inimigo' de proposta de recuperação ambiental

O caso da repactuação de Mariana segue em pauta, polarizado, por dois processos que correm simultaneamente, na justiça brasileira e da Inglaterra. Em entrevista para a Rádio Real, realizada nesta segunda (08), o deputado estadual Leleco Pimentel (PT-MG), ao falar sobre as propostas de acordo, questionou os interesses políticos governador Romeu Zema (NOVO-MG) e ainda contrapôs a afirmação do vereador Juliano Duarte (Cidadania), que disse, também à Real, que para a cidade, o processo inglês seria melhor.

O parlamentar abordou dois pontos principais: primeiramente, ele menciona a repactuação que estava no Conselho Nacional de Justiça e no Governo Federal, buscando recursos para serem aplicados na bacia do Rio Doce, especialmente na recuperação ambiental e nos danos causados ao meio ambiente. Ele destaca que o governador Zema é contra essa proposta, alegando que Zema tem interesses políticos nos recursos e não deseja que sejam aplicados na calha da Bacia do Rio Doce. E por isso o processo está travado.

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Lelelco discorda dessa postura e argumenta que a repactuação na calha da Bacia do Rio Doce é fundamental para a regeneração ambiental e compensação pelos danos causados. Ele ressalta que o que está sendo discutido na Inglaterra é diferente; lá, trata-se do pagamento direto às pessoas afetadas, não do investimento na recuperação ambiental. E neste ponto, ele apresentou uma versão divergente do que Juliano revelou há pouco menos de um mês, na mesma rádio Real. De acordo com ele, não se trata de ser mais benéfico ou lucrativo para a cidade, mas sim maneiras diferentes de se indenizar os atingidos.

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“Este é o primeiro ponto em que discordo do Juliano Duarte e de seu próprio irmão (Duarte Jr), que fazem propaganda do processo na Inglaterra como se nós, aqui, fossemos leigos e eles soubessem muito mais. São, na verdade, questões distintas. A repactuação na calha da Bacia do Rio Doce trata da recuperação, podemos dizer assim, em termos ambientais, do tratamento dos danos causados ao meio ambiente, a restituição, o que chamamos de pagamento de uma dívida que jamais será paga. O termo que utilizamos para isso é exatamente a regeneração, recomposição da qualidade da água e retirada desse minério. Isso é uma ação que está sendo discutida no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O que está sendo tratado na Inglaterra é o pagamento dessa dívida diretamente às pessoas que não tiveram a restituição do seu modo de vida, como a vida agrícola com pé de abacate e vaquinhas. O município não está envolvido. Em relação à ação na Inglaterra, trata-se das ações das pessoas afetadas que estão contidas dentro de uma área geográfica chamada município.”
disse Leleco.

LELECO X FAMÍLIA DUARTE: O QUE JULIANO FALA SOBRE O ACORDO NA INGLATERRA E REPACTUAÇÃO DE MARIANA

Leleco contrapõe Juliano Duarte sobre acordos de Mariana e diz que 'Zema é o maior inimigo da repactuação'

Em entrevista à Rádio Real, o Vereador Juliano Duarte afirmou que a reparação financeira para Mariana proveniente da Inglaterra é mais vantajosa do que a proposta brasileira em discussão. Ele destacou que os recursos europeus têm potencial para serem substancialmente maiores e melhor aproveitados pela cidade histórica.

Duarte ressaltou que a ação judicial na Inglaterra apresenta um valor consideravelmente superior, pois, ao negociar com o Brasil, os recursos seriam divididos entre várias entidades e instâncias, gerando uma distribuição mais complexa e fragmentada. A ação na Inglaterra, segundo ele, beneficia diretamente Mariana, enquanto a proposta brasileira abrange diversas cidades e estados, resultando em uma repartição mais ampla e excludente.

LELECO ACREDITA QUE ZEMA PODE UTILIZAR DINHEIRO DA REPACTUAÇÃO DE MARIANA PARA FINS POLÍTICOS

Na entrevista de hoje, Leleco alertou para não confundir essas ações e destacou que o governador Zema tem interesses políticos no direcionamento desses recursos, sugerindo que ele busca usá-los para outros fins, como obras de asfalto no norte de Minas.

Lelelco Pimentel critica a ideia de que a ação na Inglaterra resolveria os problemas de Mariana de forma mais lucrativa, chamando-a de ilusão. Ele argumenta que recursos já disponíveis não estão sendo priorizados adequadamente para reparação e que criar expectativas em torno da ação na Inglaterra é uma ilusão que não resolverá os problemas reais enfrentados pela comunidade.

Para ele, o governador tem o interesse de utilizar os R$ 110 bilhões que poderiam vir da repactuação de Mariana para “distribuir pelo estado” e fazer política.

“O principal opositor dessa proposta é o Zema. Ele não deseja que os recursos sejam aplicados na calha da Bacia do Rio Doce. Busca fins políticos, uma vez que solicitou o regime de recuperação fiscal para superar as dificuldades financeiras do estado, sem sucesso. Agora, ele almeja cerca de 110 bilhões para fins políticos no estado“
destacou o parlamentar.

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