O Atlético é o novo grande time do Brasil a se transformar em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Na noite de ontem (20), o Conselho Deliberativo do clube aprovou a proposta que já vinha sendo debatida internamente há meses. A SAF do Galo terá 75% ações sob a posse do “Galo Holding”, liderada pelos 4 R’s (Rubens e Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador). Os outros 25% da SAF seguem com a associação.
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Esse grupo de investidores propôs investir um total de R$ 600 milhões, além de assumir 100% dos empréstimos feitos pela família Menin e Ricardo Guimarães, que totalizam R$ 313 milhões, e também assumir a dívida total da associação, que é de R$ 1,8 bilhão.
A Galo Holding, a empresa que controlará a SAF, é composta por três grupos: o primeiro pertence aos 4 R’s, que terão cerca de 78% das ações da holding, enquanto os 11% restantes serão divididos entre um fundo de investimento privado e o “FIGA”, um fundo de investimento que contará com a participação de torcedores alvinegros, incluindo o empresário Marcelo Patrus.
COMO SERÁ A SAF: PASSO A PASSO
- Transformação em SAF: O Atlético-MG está passando por uma transformação de sua estrutura de gestão, convertendo parte do clube em uma empresa de capital aberto, a SAF. Isso significa que o futebol profissional do clube será gerido sob um modelo empresarial.
- Venda de Ações: A SAF do Atlético-MG terá 75% de suas ações vendidas ao “Galo Holding”, um grupo liderado pelos investidores conhecidos como 4 R’s: Rubens e Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador. Isso implica que os 4 R’s serão os principais controladores da empresa, detendo aproximadamente 78% das ações da holding.
- Participação dos Investidores: Os 4 R’s, como mencionado, controlarão cerca de 78% da Galo Holding. Os 22% restantes das ações da holding serão divididos entre outros dois grupos: um fundo de investimento privado, que terá 11%, e o “FIGA”, outro fundo de investimento que permitirá a participação de torcedores alvinegros, incluindo o empresário Marcelo Patrus.
- Investimento e Redução de Dívidas: Os investidores se comprometeram a fazer um aporte de R$ 600 milhões na SAF. Esse capital será usado para investir no futebol do clube e também para amortizar 100% dos empréstimos realizados pela família Menin e Ricardo Guimarães, que totalizam R$ 313 milhões. Além disso, a dívida total da associação, estimada em R$ 1,8 bilhão, será transferida para a SAF para ser quitada.
- Patrimônio do Clube: Parte do patrimônio do clube, como os clubes sociais Vila Olímpica e Labareda, o casarão da Pampulha e o prédio da sede administrativa no bairro Lourdes, permanecerão com a associação. Isso significa que a associação continuará sendo proprietária de 25% da propriedade do estádio e da Cidade do Galo, mantendo controle sobre alguns ativos do clube.
- Novo Gestor: O presidente do Atlético-MG se tornará o CEO do futebol da SAF, assumindo um papel de destaque na administração da empresa.
- Processo de Implantação: Após a aprovação pelo Conselho Deliberativo, a SAF do Atlético-MG passará por confecção de documentação e aprovação em órgãos regulatórios, como o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), em agosto. O aporte dos R$ 600 milhões será realizado em outubro, de acordo com a previsão da diretoria executiva.
Com a transformação em SAF, o Atlético-MG busca reestruturar sua gestão, atrair mais investimentos e enfrentar seus desafios financeiros, visando o crescimento sustentável e a ambição de se tornar uma equipe de alto nível no cenário esportivo.
Rubens Menin, representante do grupo de investidores e grande bilionário mineiro finalizou sua fala afirmando que o Galo será “um time grande”, com ambição de ser o maior do mundo, citando que Real Madrid e Flamengo.
– Não queremos levar vantagem. Vamos é aumentar a responsabilidade a partir de agora. A coisa, feita com o profissionalismo que está sendo feita, o Atlético vai ser um time grande. Não tem nada fácil. Tudo é muito difícil. Mas vai ser um time grande. A gente tirando esses juros da dívida, comendo o Atlético pelo pé, 13,75 mais spread, come o Atlético pelos pés. Vamos ter um futebol bom. Não vai ser o maior do mundo ainda, porque tem o Real Madrid na Espanha, e tem o Flamengo aqui com o orçamento. Mas quem sabe a gente chega lá.
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Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.
