Ouro Preto terá estudo pioneiro sobre saúde da população negra

Ouro Preto terá estudo pioneiro sobre saúde da população negra

Diretoria de Promoção da Igualdade Racial de Ouro Preto recebeu um recurso para a realização de um estudo sobre a saúde da população negra do município. A pesquisa será contemplada com prêmio de R$ 480 mil, provindos de emenda parlamentar da deputada federal Áurea Carolina (PSOL).

O intuito da pesquisa é rastrear as comorbidades que afetam diretamente a população negra do município, em parceria com o curso de medicina da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Assim, será possível traçar também políticas públicas para atender as demandas relacionadas à saúde das pessoas pretas da cidade que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representa 70% da população ouro-pretana.

“A população negra tem doenças e comorbidades que afetam diretamente, como diabetes, anemia falciforme, hipertensão e depressão. Então, é necessário esse estudo para a população negra, devido a todo o período de escravidão a qual a população passou, ela foi afetada, tendo o seu DNA afetado geneticamente. Então, hoje, infelizmente, a população é acometida de comorbidades”, disse o diretor de Promoção da Igualdade Racial e responsável pela Casa de Cultura Negra de Ouro Preto, Kedison Guimarães, ao Jornal Galilé.

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Para que a pesquisa conseguisse o recurso federal, foi preciso que a Diretoria de Promoção da Igualdade Racial de Ouro Preto, em parceria com o curso de medicina da UFOP, desenvolvesse um projeto para ser submetido a um edital que estava aberto.

O projeto pode se estender até num possível seminário nacional da saúde da população negra, contando com a presença de vários convidados em mesas de debate. Seria algo pioneiro em Minas Gerais e no Brasil, assim como a pesquisa.

Com contribuição de Rômulo Giacomin*

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