Dono das marcas Itaipava e Crystal, Cervejaria Petrópolis pediu recuperação judicial, com dívidas de mais de R$ 4 bilhões, segundo a própria companhia. Os valores se dividem de forma praticamente equilibrada, com peso uma pouco maior – 52% – de débitos com fornecedores e terceiros. O restante – 48% – são dívidas financeiras.
A juíza Elisabete Franc Longobardi, da 5ª Vara Empresarial da cidade do Rio de Janeiro concedeu ao grupo uma tutela cautelar de urgência para liberação dos recursos da companhia pelas instituições financeiras Santander, Fundo Siena, Daycoval, BMG e Sofisa. O grupo Petrópolis detém 13 % no mercado cervejeiro do país.
Justificou o pedido de recuperação judicial para evitar o estrangulamento do fluxo de caixa. Também afirmou não poder honrar uma parcela de R$ 105 milhões por dívida financeira. No documento, o grupo afirma que enfrenta crise de liquidez há 18 meses, decorrente de redução da receita.
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Quais bancos envolvidos na Recuperação Judicial da Itaipava?
Os bancos Santander (SANB11), Daycoval, BMG (BMGB4), Sofisa e o fundo Siena são as instituições financeiras envolvidas no caso de recuperação judicial (RJ) do Grupo Petrópolis, segundo apurado pelo Money Times. A cervejaria pede a liberação imediata dos recursos mantidos nas contas do grupo, sem retenção ante pedido de RJ.
Segundo o Grupo Petrópolis, os recebíveis do grupo nos bancos corresponde à cerca de R$ 383 milhões, sendo:
- R$ 216 milhões no Santander;
- R$ 109 milhões no Fundo Siena;
- R$ 47 milhões no Daycoval,
- R$ 9 milhões no BMG; e
- R$ 1,5 milhões no Sofisa.
Advogados do grupo afirmaram que o grupo está em crise há 18 meses, vendo o volume de vendas cair desde 2021, durante a pandemia da Covid-19.
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