Na segunda-feira (7), foi inaugurada uma fábrica de bloquetes sextavados de cimento dentro do Presídio de Congonhas. A ideia é que 16 detentos contribuam para a melhoria das áreas urbana e rural da cidade. Toda a produção será destinada ao calçamento das ruas do município, tendo uma meta de produção de 2 mil peças por dia.
A Prefeitura de Congonhas investiu R$ 143 mil na instalação do local de trabalho no presídio. O investimento foi utilizado na compra de duas betoneiras, duas pranchas vibratórias, na preparação de um espaço de 304 metros quadrados para a colocação das máquinas e na instalação do telhado.
“Este é um projeto de cunho eminentemente social, pois prepara o homem para o exercício do trabalho e da cidadania”, destaca o secretário adjunto de Justiça e Segurança Pública, Jeferson Botelho.
O funcionamento da fábrica será de segunda a sexta-feira, durante o horário comercial. Os presos poderão reduzir a pena com a produção. A cada três dias de trabalho é reduzido um em sua condenação. Os detentos possuem idade entre 25 e 37 anos e foram selecionados pela Comissão Técnica de Classificação (CTC) do presídio.
Para o prefeito de Congonhas, Cláudio Antônio de Souza (AVANTE), a fábrica de blocos intertravados pode ser considerada a consolidação de um sonho. “Representa para a comunidade e o poder público a justiça social e o respeito ao meio ambiente, pois o calçamento com as peças produzidas pelos presos melhora a permeabilidade do solo”, ressalta.
Biblioteca
Na mesma segunda-feira, ainda aconteceu a inauguração de uma biblioteca dentro do pavilhão carcerário, que permitirá a implantação de um projeto de redução de pena por meio da leitura. As atividades, nesse caso, são de resenha dos livros e de contar para os parentes, durante a visita, o que foi lido.
“O Sistema Prisional tem uma gama de atuação muito grande. Onde há estudo e trabalho, existe harmonia e qualificação”, afirma o diretor-geral do Departamento Penitenciário de Minas Gerais, Rodrigo Machado.
Os livros foram doados pela Prefeitura de Congonhas e a arrecadação foi realizada em uma feira literária que ocorreu na Praça JK, no início de outubro.
Jornalista graduado pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), tendo passagens pelo Mais Minas, Agência Primaz e Estado de Minas.