A manhã foi quente na Câmara Municipal de Ouro Preto. No plenário, houve mais algumas rodadas de discussão entre Lilian França (PDT), Júlio Gori e Wanderley Kuruzu (PT). Com o intuito de acalmar os ânimos, o presidente da Casa, Zé do Binga (PV), expressou sua frustração em relação a debates pessoais ocorrendo no plenário durante as sessões. Em uma entrevista concedida ao repórter Antônio Isidoro, da Rádio Real, o presidente enfatizou sua determinação em estabelecer normas mais rigorosas para garantir o foco nas questões de interesse público durante as reuniões.
O presidente Zé do Binga declarou que como chefe da Câmara, é seu dever e obrigação implementar uma disciplina clara dentro das sessões legislativas. Binga destacou que não se arrepende de chamar a atenção para o problema, enfatizando que a partir das próximas reuniões, não aceitará mais discussões de natureza particular no plenário público. O chefe da Casa de Leis expressou sua opinião de que assuntos pessoais estão diminuindo a eficácia do trabalho legislativo, prejudicando a responsabilidade de atender às necessidades da população.
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“Acredito que o povo não está obrigado a ouvir o que eles não desejam. Eles estão buscando que estejamos aqui, trabalhando em prol da população e das melhorias necessárias. Enfrentamos o próximo período chuvoso, e isso gera preocupação para as pessoas em áreas de risco, nas estradas e em diversas outras situações. Estamos atentos às necessidades das pessoas com habitações em condições precárias, com telhados vazando e outras dificuldades. Também estamos preocupados com a educação e a saúde. São muitas as questões que precisam ser tratadas na cidadesde Ouro Preto.”
disse Zé do Binga à Isidoro.
O vereador Renato Zoroastro do MDB, também cedeu entrevista ao repórter da Rádio Real. A Isidoro, o parlamentar ressalta a importância de buscar uma solução que envolva aspectos jurídicos e promova um bom convívio entre os vereadores. Ele menciona que, embora a pauta em discussão seja relevante, a frequente abordagem desse assunto está começando a monopolizar o tempo das reuniões. Ele reforça a necessidade de avançar com outras pautas importantes para a cidade.
“Em algumas ocasiões, notamos que muitas pessoas que acompanham ou assistem às reuniões da Câmara nos dias atuais estão focadas exclusivamente nesse assunto. As pessoas ocasionalmente nos abordam na rua e questionam se essa situação será resolvida ou se haverá uma mudança no discurso. Portanto, é de suma importância que ambas as partes façam um esforço para dialogar, em conjunto com a liderança da casa”
destacou Zoroastro à Antônio Isidoro.
O vereador destaca a importância do respeito no debate e argumenta que, mesmo havendo discordâncias e ânimos exaltados, é crucial manter o diálogo e o respeito mútuo. Zoroastro reforça que as diferenças fazem parte da política e que é fundamental buscar o respeito acima de tudo. Renato também menciona a necessidade de evitar práticas que visem prejudicar colegas por interesses particulares, lembrando que a política é construída em conjunto.
“Às vezes, os ânimos se tornam mais intensos, mas nos bastidores as pessoas pedem desculpas, não é? E o bate-papo continua. O que não é aceitável é o que infelizmente testemunhamos no cenário político, onde um vereador tenta superar o outro, utilizando amizades com secretários para dizer: “Ah, este aqui, vou passar por cima dele. Este aqui, não me importo com ele.” A política é um ambiente onde grupos são formados, onde vereadores tentam passar por cima do outro, usando conexões com secretários para dizer: “Ah, este aqui, vou deixar para trás. Este aqui, não me interessa.” A política é sobre união, sobre construir, é um esforço conjunto. Enquanto continuarmos a valorizar o individual, perderemos de vista as proporções necessárias para o desenvolvimento e crescimento de nossa cidade”
finalizou Renato.
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Fundado em 1990 por Francelina e Arnaldo Drummond do antigo Instituto de Arte e Cultura da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), o jornal nascia em meio a uma onda democrática, que inspirava os brasileiros naquele momento. Tendo como objetivo levar informação aos cidadãos ouro-pretanos, o Galilé se diferenciava dos demais concorrentes por ser um jornal de opinião, oferecendo um pensamento crítico acerca da realidade ouro-pretana e brasileira.
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