Neste domingo (21), Ouro Preto recebe, na Casa de Tomás Antônio Gonzaga, a exposição do artista plástico Lincoln Lima. Natural de Curitiba, no Paraná, o artista chega em Ouro Preto para exibir suas obras inspiradas na arte barroca, que traz como tema central os indígenas, afrodescendentes e a formação do povo brasileiro.
Com produções artísticas do período Moderno, Lincoln utiliza técnicas orientadas pelo contraste de luz e sombra, e se inspira na natureza, nas relações humanas e pelos sentimentos que abstrai por meio das experiências cotidianas. “O desenho se tornou uma válvula de escape, para sublimar o que sentia e não compreendia. Foi a única forma que encontrei de me sentir vivo e dar um sentido para minha vida”, afirmou Lincoln.
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Na exposição, o artista traz à tona detalhes em ouro nos rostos desenhados, contando uma narrativa dos povos escravizados e originários do nosso país. Ouro Preto desempenhou um papel significativo durante o período colonial brasileiro e carrega consigo, em seus monumentos históricos, igrejas barrocas e casarões, marcas profundas desse passado que é parte integrante da identidade e da memória coletiva do município.
A abertura da exposição será às 13h, no dia 21 de abril, domingo, na Casa de Gonzaga, na Rua Cláudio Manoel, 61, Centro.
A HISTÓRIA DE LINCOLN LIMA
Lincoln Lima – Artista plástico, Lincoln Marques de Lima é natural de Curitiba, no Paraná. Autodidata, ele define sua arte como atemporal, mas se identifica com produções artísticas do período Moderno — conjunto de expressões artísticas que surgiu na Europa no final do século XIX e perdurou até meados do século XX. O interesse pela arte vem desde a infância, quando usava seus desenhos como uma forma de se aliviar das tensões cotidianas. Antes de focar nas artes, prestou serviço militar para a Marinha, tendo ingressado em 2001 por meio de concurso. Em 2006, quando saiu da Marinha, iniciou o processo artístico, focado primeiramente na tatuagem para sustentar a família. Em 2017, ao mudar para São Paulo, focou nas pinturas e em 2022, inaugurou a própria galeria de artes em Moema, na Zona Sul de São Paulo.
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Fundado em 1990 por Francelina e Arnaldo Drummond do antigo Instituto de Arte e Cultura da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), o jornal nascia em meio a uma onda democrática, que inspirava os brasileiros naquele momento. Tendo como objetivo levar informação aos cidadãos ouro-pretanos, o Galilé se diferenciava dos demais concorrentes por ser um jornal de opinião, oferecendo um pensamento crítico acerca da realidade ouro-pretana e brasileira.
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