Na noite de ontem (20), fez sua estreia em Mariana o Os Sons do Brasil, projeto que enaltece a música brasileira e sua diversidade. O evento já abrilhantava o Museu Boulieu em Ouro Preto, que o receberá novamente nas noites de hoje (21) e amanhã (22).
A proposta do Sons é trazer grandes nomes da música nacional junto de nomes importantes para a cena artística da região. Neste primeiro dia não foi diferente, a música começou ouro-pretana com a DJ Viviane Barcellos, e seguiu com a Banda Marcial da Sociedade Musical São Caetano do distrito marianense de Monsenhor Horta. A banda completou neste ano 188 anos, sendo a mais antiga de Mariana e quarta do país.
E para fechar a noite teve show do vencedor do Grammy Latino de Melhor Álbum de MPB em 2020, Toninho Horta. O músico trabalhou também com grandes nomes da música brasileira como Elis Regina, Tom Jobim, Gal Costa e Milton Nascimento.
“Os Sons do Brasil foi pensado para celebrar a música brasileira em espaços e cidades que tem um histórico de conquistas e de lutas da história de evolução e de desenvolvimento do nosso país. Então tá aqui em Mariana realizando pela primeira vez uma edição dos sons do Brasil é uma felicidade imensa”, comenta Fernanda Bento, idealizadora e produtora do festival.
Banda Marcial da Sociedade Musical São Caetano em apresentação no Sons do Brasil. Foto: Miller Correa de Brito
O festival traz nomes da música nacional junto de artistas locais, e Fernanda acredita que este tipo de evento auxilia na apropriação do espaço pela população “Quem se reconhece preserva e protege”. E ressalta:
“Eu me formei como produtora aqui. Eu convivi com artistas muito importantes do cenário musical nacional e internacional nessas duas cidades, que mesmo sendo do interior, são cosmopolitas. E além de conviver com artistas importantes do cenário nacional, eu convivi com artistas locais, eu tive a oportunidade de ir para os distritos. Então para mim não tem como desassociar, eu preciso trazer o local, eu preciso mostrar para eles que a música sim tem um espaço dentro da nossa economia cultural, né? Então valorizar esses artistas locais é um mínimo que eu posso fazer num projeto que é aprovado na Lei Federal de Incentivo à Cultura que tem acesso gratuito e que a proposta dele é promover encontros da música.”
Edineia Araújo, Diretora Presidente do Instituto Cultural Aurum, responsável pelos dois museus, disse que as negociações para a chegada do Sons em Mariana iniciaram logo no início do museu. Ainda destaca que este é um começo, e para o próximo ano a ideia é que haja o mesmo número de dias de evento na primaz e em Ouro Preto.
“Os Sons do Brasil é a diversidade da música brasileira. Então hoje a gente teve uma DJ ouropretana, aluna da UFOP, a estreia dela aqui conosco, tivemos a sociedade musical de Monsenhor Horta. E agora vamos ter o Grammy latino que é o nosso querido Toninho Horta com uma banda maravilhosa. Você vai ver nas próximas edições que a gente vai trazer Forró, Xaxado, literalmente Os Sons do Brasil”, destaca a diretora
Toninho Horta e banda no Sons do Brasil. Foto: Miller Correa de Brito
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Ela anunciou ainda que em todas as edições de Mariana haverá apresentação de uma sociedades musicais da cidade: “Os sons de Minas Gerais começam em Mariana”.
A Diretora comenta que o Instituto fechou um termo de parceria com a Prefeitura de Mariana que garante o Museu até 2028. Além disso, diz que é uma questão de tempo a expansão do museu, aguardando apenas algumas aprovações do Iphan e órgãos necessários.
A DJ Viviane Barcellos, que se apresentou pela primeira vez no Museu de Mariana e estará também nos outros dois dias de evento, está muito empolgada por poder tocar no Sons do Brasil: “Para mim é uma honra. Eu acompanhei Os Sons do Brasil no ano passado, eu sempre estive presente e estar junto com grandes artistas para mim é uma felicidade muito grande. Acho muito bom mesmo para a minha carreira artística estar fazendo parte desse momento”. E para quem irá ao Sons na sexta ou no sábado, ela garante que vai encontrar música boa. “Anos 80, anos 90, anos 2000, vou trazer música Brasileira de várias regiões. E eu acho que vai ter bastante nostalgia”, comenta.
PROGRAMAÇÃO
Sexta – Dia 21 | Museu Boulieu
A partir das 19h
DJ Viviane Barcellos
Esdras Nogueira
A Cor do Som
Sábado – Dia 22 | Museu Boulieu
A partir das 16h30
DJ Viviane Barcellos
Jazzuê
Juarez Moreira convida Moisés Navarro
Marcos Valle
Sobre as próximas edições, Fernanda comenta o que podemos esperar:
“A gente pode esperar energias positivas e shows incríveis que eu garanto para vocês que eu tô me esforçando nessa curadoria conversando com pessoas. Estudando muito também. O universo da música brasileira é vasto, é múltiplo e às vezes é desafiador escolher um ou outro para estar aqui”.
As próximas edições do Sons do Brasil serão em Agosto e Outubro. Mais detalhes como os dias e a programação serão divulgados em breve. Para não perder nada, acompanhe o Galilé em nossas redes sociais.
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Graduando em Jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto. Atua como estagiário no Jornal Galilé e na Rádio Real FM.
[…] “Quem se reconhece preserva e protege”: Os Sons do Brasil começa temporada 2024 […]
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