O ministro da Educação, Victor Godoy, anunciou na tarde de sexta-feira (7), por meio de um vídeo publicado em suas redes sociais, que recuou na decisão de bloquear R$ 2,9 bilhões da pasta, o que causaria um considerável impacto orçamentário das universidades e institutos federais.
A decisão foi tomada, após retores e estudantes do Brasil inteiro pressionarem o ministério. No vídeo, Godoy não fala quando será a liberação e se o desbloqueio será feito de forma integral ou parcial. “O limite de empenho será liberado para universidades federais, institutos federais e a Capes”, declarou.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) afirmou, na quinta-feira (6), que as instituições não teriam dinheiro para pagar contas básicas, se o MEC persistisse no bloqueio. Essa é a segunda vez em quatro meses que o Ministério da Educação recua de um anúncio de contingenciamento, após forte reação da comunidade acadêmica.
O bloqueio nas verbas da educação aconteceu dois dias antes do primeiro turno das eleições e contou com a assinatura do Ministério da Economia e do presidente Jair Bolsonaro (PL). Godoy alega ter conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, antes de anunciar a decisão de sexta-feira. “Conversei com o ministro Paulo Guedes, ele foi sensível. Nós vamos facilitar a vida de todo mundo”, disse.
Caso persistisse o bloqueio orçamentário, a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) reduziria R$ 2,9 milhões de seu orçamento, totalizando em R$ 7,4 milhões apenas em 2022.
Confira o pronunciamento de Victor Godoy completo clicando aqui.
Jornalista graduado pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), tendo passagens pelo Mais Minas, Agência Primaz e Estado de Minas.