CINE OP apresenta as “Cartas de Ouro Preto”; documentos pedem preservação e investimento no audiovisual

CINE OP apresenta as "Cartas de Ouro Preto"; documentos pedem preservação e investimento no audiovisual

A 18ª edição da Mostra de Cinema de Ouro Preto (CINE OP) apresentou as “Cartas de Ouro Preto”, uma série de documentos que reforçam a importância da preservação e do investimento no campo audiovisual. Durante os Fóruns anuais de Cinema e Educação, realizados na CINE OP, mais de 100 projetos de educação audiovisual digital e analógica foram apresentados nos últimos anos. Essas iniciativas são desenvolvidas por universidades, organizações da sociedade civil, secretarias estaduais e municipais de educação e cultura, escolas, comunidades quilombolas, aldeias indígenas, entre outros.

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A Carta de Ouro Preto da Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA) destaca duas iniciativas lançadas durante a CineOP, em Ouro Preto. A primeira é a criação de uma diretoria de Preservação e Difusão Audiovisual pelo Ministério da Cultura. A segunda é a fundação do Fórum Brasileiro de Museus da Imagem e do Som – MIS em Rede.

Além disso, a Carta ressalta a atualização do Plano Nacional de Preservação Audiovisual (PNPA), um documento que foi desenvolvido ao longo de vários anos durante os encontros da CineOP. Esse plano deveria ter sido entregue ao governo federal em 2016, porém, devido ao impeachment de Dilma Rousseff e a falta de interesse das gestões federais na área de preservação audiovisual, isso não ocorreu. Com a recriação do Ministério da Cultura em janeiro de 2023, a ABPA encontrou novas oportunidades de diálogo, resultando na atualização do Plano e sua entrega ao governo.

A Carta destaca a importância do Plano Nacional de Preservação Audiovisual como um documento essencial para subsidiar políticas públicas voltadas para a preservação audiovisual no Brasil e promover o desenvolvimento desse setor.

Por outro lado, a Carta de Ouro Preto apresentada no CINE OP pelo Encontro da Educação e XV Fórum da Rede Kino destaca a implantação de uma nova Política Nacional de Educação Digital (PNED). Os educadores destacam a necessidade de incluir o audiovisual como um dos elementos fundamentais dessa política, pois 82% do conteúdo digital na internet é audiovisual. Eles defendem que a educação digital deve transversalizar, descentralizar e territorializar o uso do audiovisual em todo o Brasil, potencialmente influenciando a adoção de leis e políticas semelhantes em outros países latino-americanos.

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Nesse contexto, é enfatizada a importância de uma educação digital que não esteja estritamente voltada para os interesses da inovação industrial e do mercado, nem para a compra e venda de novos dispositivos tecnológicos. Em vez disso, os educadores defendem o acesso básico das escolas públicas a equipamentos, formação e tecnologias assistivas, bem como uma educação digital crítica alinhada a processos criativos e inventivos que visem a construção de um mundo mais justo, menos desigual e menos violento.

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