Atingidos protestam em Mariana contra lentidão do reassentamento e falha na reparação

Hoje, em Mariana, atingidos demonstram indignação pelas ruas e rodovias da cidade, se reunindo para protestar contra a mineradora Samarco e o ritmo moroso do reassentamento e reparação das moradias afetadas pelo catastrófico rompimento da barragem do Fundão, ocorrido há oito anos.

Sob faixas e cartazes que exigiam “Justiça para limpar essa lama” e denunciavam “8 anos de Mariana: Justiça ainda não foi feita”, os manifestantes expressaram sua frustração e descontentamento com a situação atual. O protesto foi marcado pela determinação dos cidadãos em fazer com que suas vozes fossem ouvidas.

Desde as primeiras horas da manhã, o trânsito foi interrompido, especialmente na área do bairro São Cristóvão, onde os manifestantes se concentraram. Carregando cartazes com mensagens de apelo por ação imediata das autoridades e da própria Samarco, os moradores deixaram claro que não aceitarão mais a negligência em relação aos problemas enfrentados pelas vítimas do desastre ambiental.

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O rompimento da barragem em 2015 foi um dos piores desastres ambientais da história do Brasil, causando devastação nas comunidades locais, poluição dos rios e impactos ambientais graves que ainda persistem. Apesar do tempo decorrido desde o desastre, a busca por justiça e reparação continua firme em Mariana.

Em um novo desenvolvimento, foi relatado que as vias foram liberadas e os manifestantes estão se deslocando em uma marcha para o centro da cidade, em direção ao escritório da Renova, sob escolta e controle da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). Esta mobilização demonstra a determinação contínua dos moradores em pressionar as autoridades e a empresa responsável pela reparação dos danos causados pelo desastre.

A RESPOSTA DA FUNDAÇÃO RENOVA

A Fundação Renova emitiu um posicionamento em resposta ao protesto realizado por atingidos em Mariana contra a lentidão no reassentamento. A instituição afirmou estar aberta ao diálogo e destacou a mobilização de sua equipe de mediação para ouvir os representantes dos manifestantes.

Além disso, a Fundação Renova esclareceu que disponibiliza Canais de Relacionamento e equipe especializada de diálogo e Relações Institucionais nas regiões em que atua, mantendo uma rotina de contatos individuais e coletivos de acordo com o cronograma e avanço das ações de reparação.

VEJA A POSIÇÃO COMPLETA:

“A Fundação Renova se mantém aberta ao diálogo e mobilizou a equipe de mediação para a escuta de representantes dos manifestantes. A instituição esclarece que possui à disposição dos atingidos e do Poder Público Canais de Relacionamento e equipe especializada de diálogo e Relações Institucionais nas regiões em que atua, mantendo rotina de contatos individuais e coletivos de acordo com o cronograma e avanço das ações de reparação.

E reforça que a reparação começou logo após o rompimento da barragem de Fundão. Até 31 de janeiro de 2024, foram destinados R$ 35,08 bilhões às ações de reparação e compensação. Desse valor, R$ 13,97 bilhões foram para o pagamento de indenizações e R$ 2,71 bilhões em Auxílios Financeiros Emergenciais, totalizando R$ 16,68 bilhões para 440,6 mil pessoas.

Até janeiro, foram solucionados 516 casos de restituição do direito à moradia com a entrega do imóvel ou o pagamento de indenização, de um total de 728 casas, comércios, sítios, lotes e bens coletivos. No Novo Bento Rodrigues, 108 imóveis foram entregues aos novos moradores. Em Paracatu, 46 imóveis foram entregues.”

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