A Prefeitura de Ouro Preto, por meio da Secretaria Municipal de Agropecuária, multiplica projetos e programas de olho em uma agricultura sustentável.. No município, iniciativas inovadoras combinam questões sociais e agrícolas, investindo em projetos que transcendem o cultivo de alimentos para abraçar o desenvolvimento integral. Descubra aqui como essas iniciativas, alimentadas por recursos próprios e estratégias arrojadas, estão gerando mudanças significativas no município.
Plantando o amanhã
No Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do Padre Faria, desponta o projeto “Horta em Casa”. Mais do que um simples cultivo de alimentos saudáveis, a proposta busca envolver as gerações mais jovens no universo da agricultura, transformando vidas por meio do conhecimento agrícola. O CRAS Padre Faria, que atende a 1.200 famílias cadastradas, destaca-se pela sua relevância em uma região com demandas sociais e assistenciais evidentes.
Em paralelo, no distrito de Antônio Pereira, mais de 3.000 famílias registradas sublinham a amplitude do atendimento social. Com um investimento superior a R$15 mil, provenientes de recursos próprios, o projeto reflete o compromisso do município.
Além dos CRAS, a Secretaria de Agropecuária também auxilia a Escola Municipal João Castilho Barbosa em projeto iniciado em meados de janeiro sob a orientação do engenheiro agrônomo Paulo Márcio e equipe de colaboradores da Secretaria de Agropecuária.
Marco Antônio de Freitas, secretário de Agropecuária, comentou: “Hoje estamos na Escola Municipal João Castilho Barbosa, a primeira instituição que está recebendo esse projeto”, declarou. Para ele, levar o projeto para outras escolas exige a colaboração de mais gente, porque a Secretaria possui limitações: “No momento, o foco é dar a manutenção devida para todos. No projeto Horta em Casa, trabalhamos com as instruções de como plantar, semear, com todo o acompanhamento. Faremos visitas às casas para esse acompanhamento, levando cartilhas de instrução para as famílias”, afirmou.
Uma das maiores preocupações que ocorria era com a alimentação dos alunos. Ligada na vida saudável, a professora Débora Fernandes da Silva decidiu criar a horta para ajudar na alimentação dos alunos e na aprendizagem: “Minha intenção é que os alunos aprendam a plantar e cultivar hortaliças e legumes. Comecei em 2001 e, desde então, ensino todas as turmas que eu pego a preparar a terra, os canteiros”, informou.
A dualidade do “Horta em Casa”, ao promover segurança alimentar e incentivar a participação das gerações mais jovens na agricultura, reflete uma resposta proativa às necessidades da comunidade.
Solo fértil
Outro projeto gerenciado pela Secretaria de Agropecuária é a eficiência agrícola da Análise de Solo, programa que visa otimizar as práticas dos agricultores, desde a coleta de amostras até a correção adequada, assegurando saúde e produtividade ao solo.
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A dinâmica do programa é simples e eficaz: orientação na coleta de amostras que são enviadas para análise no Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), em Belo Horizonte. Se necessário, a Secretaria de Agropecuária entra em ação, fornecendo o insumo e transporte para a aplicação de calcário, garantindo a correção do solo conforme as recomendações apontadas na análise.
Essa iniciativa, também financiada por recursos próprios, estabelece uma colaboração estratégica com a Secretaria de Obras, evidenciando o compromisso conjunto em promover práticas agrícolas eficientes e sustentáveis. Em 2023, o programa impactou 36 agricultores, cujos resultados servirão como base para práticas agrícolas mais eficientes e adaptadas às características específicas do solo em suas propriedades.
Ouro Preto traça também novos rumos para o Desenvolvimento Rural. Um projeto de cadastro georreferenciado está prestes a transformar a realidade das propriedades rurais em Ouro Preto. Mapeando não apenas as propriedades, mas detalhes como produção, censo habitacional e o Zoneamento Ambiental Produtivo (ZAP), o projeto promove a sustentabilidade nas práticas agrícolas.
O prefeito Angelo Oswaldo ressaltou o trabalho em conjunto com cooperativas, sindicatos e proprietários rurais, destacando o projeto, pioneiro de censo rural, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa: “Este projeto visa fazer um levantamento exaustivo do mundo rural de Ouro Preto, fornecendo informações cruciais para incrementar a produção da agricultura familiar e a valorização do campo em um território de quase 1.300 km²”.
Com um investimento inicial de 750 mil reais, provenientes dos recursos da CEFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais), a iniciativa atende a demanda antiga do Conselho dos Trabalhadores Rurais. Cobrindo 1.500 propriedades e empreendimentos rurais no município, o projeto vai revelar a realidade dos produtores locais, identificando desafios e oportunidades para melhorias significativas na produção rural.
Ao investir nesse amplo cadastro georreferenciado, Ouro Preto reforça seu compromisso com a sustentabilidade, eficiência e o desenvolvimento da área rural, pavimentando o caminho para um futuro agrícola alinhado com os princípios de conservação ambiental.
O Controle de Qualidade na Produção Animal destaca-se na rigorosa fiscalização exercida pelo Serviço de Inspeção Municipal (SIM). Assegurando a qualidade sanitária dos produtos locais, o SIM incentiva os produtores a saírem da clandestinidade, promovendo a segurança dos consumidores. Ao aderir ao Serviço de Inspeção Municipal Consorciado, com recursos próprios, a Secretaria amplia a comercialização regional dos produtos agraciados com o selo SIM. Essa colaboração com o Consórcio Público para o Desenvolvimento do Alto Paraopeba impacta toda a população dos 27 municípios consorciados, estendendo o alcance do serviço.
As tradicionais feiras livres de Ouro Preto, conhecidas como verdadeiros pontos de encontro entre produtores rurais e consumidores, recebem investimentos significativos para promover a economia local e a sustentabilidade. A Prefeitura, comprometida com constantes melhorias, adquiriu conjuntos de mesas e cadeiras, além de instalar banheiros estratégicos para elevar as condições sanitárias e o conforto dos frequentadores.
O investimento de R$12.400,00 demonstra a preocupação com a qualidade geral dos eventos. Com a participação de 20 expositores na Feira de Cachoeira do Campo e 13 feirantes em diferentes localidades, a diversidade de locais e dias das feiras destacam a amplitude e a oportunidade para apresentação de produtos em diversas regiões da cidade.
Essas iniciativas não apenas refletem a visão política da atual administração de Ouro Preto, como reforçam o compromisso da cidade com o desenvolvimento sustentável, a eficiência e o bem-estar de sua comunidade.
Por Warley Josafá / Revisão: Victor Stutz e Paulo Barcala
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