Hoje, dia 13 de maio, marca os 136 anos da abolição da escravidão no Brasil, mas o que realmente há para comemorar? Essa é a questão central que será discutida em uma roda de conversa que acontecerá em Mariana, na Praça Minas Gerais.
O evento visa provocar reflexões sobre a narrativa da abolição e sua relação com a realidade atual. A ideia de que a liberdade do povo negro e indígena foi concedida pela princesa Isabel é questionada, enquanto se aponta a ausência de políticas públicas reparadoras após mais de 300 anos de escravidão e genocídio indígena.
Uma das organizadoras, Patrícia Ramos, destacou ao Galilé que o evento é fruto de ” uma construção coletiva e será muito importante para abrirmos o debate sobre a data da abolição”.
Em um contexto em que o racismo e o genocídio negro crescem, e os territórios indígenas sofrem invasões e falta de demarcação, surge a pergunta: “Abolição para quem?”, que será o tema do evento em Mariana.
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A roda de conversa, que acontecerá às 18h30, na Praça Minas Gerais, convida todos a participarem e discutirem sobre a resistência e lutas dos povos negro e indígena. O objetivo é reconhecer que foi a mobilização desses povos que verdadeiramente proporcionou liberdade, inspirando um modelo de sociedade sem opressão e exploração a partir dos quilombos e aldeias.
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Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com passagens por Esporte News Mundo, Blog 4-3-3 e Agência Primaz.